Assim, temos que considera,
no cotidiano da sala de aula, objetivos que levem os alunos a perder o medo de
escrever, a valorizar suas variedades linguísticas e a reconhecer as diferenças
entre diversos contextos de interlocução, apropriando-se, gradativamente, das
formas prestigiadas que são usadas na sociedade em diferentes situações de
interação, sobretudo as mediadas por textos escritos (Leal; Brandão 207, p 49).
Como organizar situações de
aprendizagem favoráveis para que os alunos produzam textos: De modo gera, o
professor deve-se concentrar em organizar as situações de ensino e de
aprendizagem, a partir de três
intencionalidades:
*Planejar e desenvolver
procedimentos didáticos que mobilizem os conhecimentos prévios dos alunos por
meio de situações nas quais circule experiências sociais e culturais
interessantes;
*Planejar as situações para
que sejam bem específicas no sentido de produzir informações de aprendizagem
nas quais os alunos tenham acesso a todas as manifestação da linguagem a fim de
fortalecer suas experiência;
--O professor é um mediador
atuante da Língua Portuguesa que:
*Orienta as situações de
aprendizagem por meio de solicitações precisas e claras, evitando propor muitas
demandas de maneiras simultânea aos alunos;
* Possibilita que o aluno
compreenda de onde está partindo e onde
pretende chegar de maneira que o sujeito
aprendente possa desenvolver sua
autonomia nas situações de aprendizagem;
*Oportuniza modelos e comportamentos
que possa servir de referência para o aluno;
* Explica e organiza as
informações de maneira clara e significativa para os alunos;
*Contextualiza o que está
sendo trabalhado;
*Pratica a escuta atenta dos
alunos e mostra-se responsivo perante as demandas dos alunos.
A
ESCOLA E A LÍNGUA PADRÃO:
A
abordagem de categorias gramaticais (fonéticas/fonológicas, morfológicas,
sintáticas, morfossintáticas) e de convenções da escrita (concordância,
regência, ortografia, pontuação, acentuação etc.) deve vir a serviço da
compreensão oral e escrita e da produção oral e escrita, e não o contrário.
Dessa forma, a criança deve aprender e dominar o sistema linguístico (formal e
informal) para compreender os textos (práticas sociais) em suas diversas
modalidades.
O ensino de LP deve considerar a variação linguística.
Ensinar português vai além das características gramaticais da língua.
O ensino de LP deve possuir práticas de gramática, leitura, produção de
texto e oralidade.
Ensinar português inclui trabalhar as práticas dos alunos socialmente
construídas.
O ensino da língua implica o ensino da produção e da compreensão oral e
escrita. Portanto, ensinar a língua escrita deve partir desse reconhecimento
transmitindo-o aos alunos.
-- As relações de escrita ainda não são
suficientes para formar bons leitores, outras intervenções por parte do
professor são necessárias. E por intervenções você pode entender as
intervenções textuais( tais como o uso de pontuações , conectivos, advérbios,
pronomes, etc), seja no plano da argumentação e da coerência.
- Através da refacção, há a
compreensão de que a escrita é produção de reflexão, de trabalho com a
linguagem (RIOLFI et al, 2008. P.140)
Tema: O que
ensinar em Língua Portuguesa Prof.(a): Andressa Aparecida Lopes Disciplina:
Ensino de Língua Portuguesa Aula: 1 - As concepções de linguagem para o ensino
de Língua Portuguesa Semestre: 6º e 7º AULA ATIVIDADE de 18/03/2017 = Dois
tipos de método de alfabetização reinaram por anos: os sintéticos e os
analíticos. Os primeiros começavam da parte e iam para o todo, mostrando
pequenas partes das palavras, como as letras e as sílabas, para, então, formar
sentenças. Compõem o grupo os métodos alfabético, fônico e silábico. Já os
analíticos propunham começar no sentido oposto, o que garantiria uma visão mais
ampliada do aluno sobre aquilo que estava no papel, facilitando o seu
entendimento. Pelo modelo, o ensino partia das frases e palavras, decompostas
em sílabas ou letras. "Nesses métodos, o essencial era o treinamento da
capacidade de identificar, suprimir, agregar ou comparar fonemas.
Então, no século
21, dentro das práticas sociais, parimos do texto (gênero textual) decomposto
em suas frases, sílabas e letras.Pois o ensino ocorre dentro da vivência do
aluno. Assim fica mais fácil ele assimilar o aprendizado. Exemplo desse ensino
que permite este trabalho contextualizado e centralizado nas propostas atuais
do ensino de Língua Materna e as suas competências e conteúdos que sua escolha
permite, é a música - ela exterioriza os sentimentos e as ideias e seu conteúdo
pode ser explorado para se poder entender e vivenciar a cultura, a linguística
de cada região. Bem como o impacto ideológico que ela representa e ou,
alcança.
--O letramento tem como
objeto de reflexão, de ensino, ou de aprendizagem os aspectos sociais da língua
escrita. Assumir como objetivo o letramento no contexto do ciclo escolar
implica adotar na alfabetização uma concepção social da escrita, em contraste
com uma concepção tradicional que considera a aprendizagem de leitura e
produção textual como a aprendizagem de habilidades individuais”. (Kleiman,
2007, p.1)
--Os letramentos
variam de acordo com as esferas ou domínios socioculturais e institucionais em
que os textos circulam. Letramento familiar – no lar – textos como receitas,
manuais, calendários, formulários, agendas, etc; Letramento religioso – na
igreja – hinos, bíblia, folhetos, orações, cartazes, etc; Letramento escolar –
na escola – textos didáticos, pedagógicos, científicos, literários, etc;
Letramento científico – teses, monografias, etc; Letramento profissionais -
textos específicos de cada profissão.
--Em letramentos e
gêneros = No ensino de Língua Portuguesa, priorizar atividades que dêem
oportunidades aos alunos de imersão no mundo da escrita: passeio-leitura pelo
bairro; roda de leitura; produção de histórias, poemas; reportagens,
apresentações teatrais ou jornalística, jograis, enfim, oportunizar ao aluno o
contato com o mais variados gêneros textuais que circulam na sociedade.
Desta forma, há muita relação com o conceito de Letramento, já visto
anteriormente.
Os estudos de Ferreiro (1985) foram decisivos na compreensão de quanto
os métodos de alfabetização tradicionais são um obstáculo para o processo
construtivista de Aquisição da Escrita, visto operarem com seqüências não
estabelecidas pelas crianças, determinando critérios de facilidade ou
dificuldade que não coincidem com o sujeito, ou seja, com a criança.
Veja os estágios de evolução, que segundo Ferreiro (1995), as crianças
passam durante o contato com os sinais gráficos:
Nível Pré-silábico: As crianças apresentam, de início, escritas
chamadas deindiferenciadas, pois são compostas por uma série de
traços idênticos, garatujas ou grafismos primitivos; não têm controle
sobre a quantidade de letras usadas para escrever e, também, não
demonstram preocupação com critérios diferenciados entre si, até o momento em
que começam a fazer tentativas sistemáticas de estabelecer diferenciadores
entre os grafismos produzidos.
Escreve elefante com muitas letras e formiguinha
com poucas
letras (realismo nominal).
É característica desse nível a crença de que
letras e sílabas não podem se repetir na mesma palavra. Exemplo:
AIUNOÁUX – ABACAXI
BXUNAF - MAÇA
Nível Silábico
Nessa fase, o aprendiz procura realizar uma correspondência entre grafia
e sílaba, geralmente uma grafia para cada sílaba. Mas, podem apresentar letras
que não apresentam relação com a palavra que escreve.
A criança acha que pode escrever tudo o que deseja, embora aquilo que
tenha sido escrito por ela não possa ser lido pelos outros; aceita a possibilidade
de escrever palavras menores com poucas letras, porém, ainda com certa dúvida,
existindo a possibilidade de utilizar uma letra para cada palavra, ao escrever
uma frase. E, ainda, não consegue distinguir categorias lingüísticas como
artigo, substantivo, verbo, etc.
Veja os Exemplos:
• CIA – calcinha
• AS – sapo.
Nível Silábico-Alfabético
A criança começa a sintetizar que cada grafia corresponde a um
som, embora seja possível ela falhar, pelo fato de estar em um conflito
nesse momento. O sujeito precisa negar a lógica da hipótese silábica, tentando
superá-la, por parecer-lhe precária, escrevendo, por isso, às vezes no nível
silábico, outras no sistema alfabético, veja os exemplos encontrados em Ribeiro
e Cócco:
• CIOLA – camisola (RIBEIRO,1998, p. 42);
• TIAO – Tiago;
• KVAO – cavalo (CÓCCO, 1996, p.42).
Nesse nível, a criança está quase alfabetizada, pois sua grafia começa a
sintetizar o som que ouve, como no caso de cavalo, no qual ela utiliza a letra
K para representar o som da primeira sílaba da palavra.
Nível Alfabético
É a fase em que o sujeito estabiliza a hipótese de que a sílaba se
decompõe em unidades menores. O aprendiz começa a perceber, a diferença entre
letra, sílaba, palavra e frase, ainda que, em alguns momentos, não divida,
convencionalmente, as palavras da frase, mas o faça de acordo com o ritmo
frasal.
Você pode verificar os níveis do processo de aquisição da escrita da
criança, agora veremos as concepções das crianças a respeito do sistema da
escrita.
Verifica apenas os aspectos gráficos sem considerar os aspectos
construtivos.
Aspectos gráficos – qualidade do traço, distribuição espacial das
formas, a orientação predominante dos caracteres, etc.
Assim como essa tirinha da Mafalda, é preciso não somente considerar os
traços e linhas feitos pelas crianças, os quais são muito importantes para a
coordenação motora fina, mas devemos considerar também os aspectos contextuais,
ou seja, o que o aluno quis representar e os meios que utilizou para tal.
Muitos docentes, porém, não levam isso em conta e os alunos,
infelizmente, não são levados a construir conhecimento, a compreender o mundo
que o envolve e, sobretudo, a ter uma formação não somente baseada nas técnicas
de alfabetização, mas também a serem indivíduos letrados.
Vygotsky fala sobre
imitação e instrução – o que a criança pode fazer em cooperação hoje ele pode
fazer sozinho amanhã.
REFACÇÃO TEXTUAL:
[...] a reescrita insere-se
no processo de produção textual, com a intervenção do professor no texto
discente, apontando problemas ortográficos, de concordância, de acentuação,
coerência, de paragrafação, de pontuação, sempre referentes ao contexto de uso
e ao gênero para que, gradativamente, os alunos possam avaliar a adequação do
uso de uma forma ou de outra, de acordo com as condições de produção. (Porto,
2007, p. 1083). Ainda, esta etapa da escrita permite estabelecer um diálogo
entre professor – texto – aluno. Esse diálogo auxilia na adequação e reescrita
dos problemas ou dificuldades encontrados durante o processo da produção
textual.
Aspectos já assimilados pelo
aluno: Unidade temática; Emprego de letra maiúscula (algumas palavras);
Ortografia (parcialmente); Legibilidade; Concordância verba/nominal; Relação
oralidade/escrita; Elementos coesivos. Exemplo de produção de texto (Fonte:
http://www.nre.seed.pr.gov.br/irati/arquivos/
File/Slides_Lingua_Portuguesa.pdf)
--Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL,
1998), a refacção é extremamente relevante no ensino de língua portuguesa, pois
faz parte do processo da escrita. Com base nessa afirmação, contribuições como
o aluno melhora a observação na escrita e na formação cognitiva do pensamento,
através de sua produção e refacção.
--A técnica de cloze, que consiste em lacunar um texto
após uma breve introdução de três ou quatro linhas.
Você pode suscitar nos alunos curiosidade pelas obras,
comentando um pouco mais sobre os mistérios da autoria do livro, uma vez que há
quem refute a existência e mesmo à autoria de Homero. Você pode também discutir
cos os alunos as diferenças entre a mitologia descrita nas referidas obras e o
cristianismo como principal religião do mundo ocidental nos dia de hoje. Ou
ainda refletir sobre a linguagem poética utilizada ocidental nos dias de hoje.
Ou ainda refletir sobre a linguagem poética utilizada pelo autor, quando por
exemplo, descreve o nascer de um novo dia com o aparecimento da Aurora ( uma
deusa) e seus dedos cor de rosa (associando a imagem e as cores formadas no céu
ao amanhecer). Literatura nacional e estrangeira para Riolfi et al (2008) em
virtude dos vestibulares os alunos do Ensino Médio já possuem em seu currículo
a ênfase na literatura nacional. Sendo assim valeira a pena trabalhar com a
literatura estrangeira no Ensino Fundamental, explorando por meio das leituras
a análise comparativa de linguagens e culturas. Adaptações em quadrinhos
emprestando as palavras de Riolfi et al 2008 p. 82, “as histórias em quadrinhos
há muito flertam com a literatura”. Assim é possível realizar várias atividades
envolvendo excelente adaptações em quadrinhos da literatura como, por exemplo,
adaptação de Caco Galhardo a uma de Will
Eisner para o clássico Dom Quixote.
Adaptações em quadrinhos emprestando as palavras de
Riolfi et al 2008 p. 82, “as histórias em quadrinhos há muito flertam com a
literatura”. Assim é possível realizar várias atividades envolvendo excelente
adaptações em quadrinhos da literatura como, por exemplo, adaptação de Caco
Galhardo a uma de Will Eisner para o
clássico Dom Quixote.
--O ensino de produção de
textos deve:
*Propiciar a construção de
textos reais e significativos;
*Promover , no momento de
produção textual, interações entre os alunos para que as produções reflitam
suas vida cotidiana;
*Promover um clima de
segurança e afetivo par que os alunos demonstrem sua produção sem medo de errar
ou ser criticado;
*Estimular o planejamento
das produções com estratégias que serão colocadas em ação no momento da
produção textual;
* Contar com um professor
mediador e capacitado para conduzir e respeitar as produções dos alunos.