Uma dica para facilitar a produção textual de uma
atividade de matemática é realizar para si questionamentos do tipo
-o que meu aluno responderia nessa questão?
-de que maneira eu, como professor que ensina Matemática,
posso intervir de maneira a contribuir para que meu aluo aprenda?
Lembrando que fornecer diretamente a resposta aos alunos
não é uma maneira de fomentar a aprendizagem, diante dos referenciais teóricos
desta disciplina, poia a ideia é que a construção do conhecimento matemático
seja de responsabilidade do aluno , isto é, o aluno deve ser o protagonista de
sua aprendizagem.
Ao
conduzir aulas nas séries iniciais por meio de jogos, é esperado que quando a
criança joga, ela imagine o ponto de vista do seu adversário, tome decisões
quanto as suas jogadas, compreenda suas intenções ao realizar uma ou outra
jogada e se expresse para explicar uma ação ou apenas trocar informações. São
possíveis contribuições dos jogos para a aprendizagem:
Descentralização e desenvolvimento da
linguagem.
Criatividade
e raciocínio dedutivo.
JOGOS E
BRINCADEIRAS:
--Jogo: pressupõe, no mínimo, uma regra;
Brinquedo: objeto manipulável;
Brincadeira: ato de brincar com brinquedo ou jogo.
O trabalho com o lúdico, os jogos e brincadeiras são
muito valorizados na Educação Infantil, mas começa
a perder o enfoque nos anos iniciais do
Ensino Fundamental.
--Os jogos e brincadeiras podem:
envolver, de maneira integrada, o lúdico e o
esforço espontâneo; contribuir para promover a interação social entre
os participantes;
desenvolver a linguagem, a criatividade e o
raciocínio dedutivo.
Todas as habilidades envolvidas neste
processo, que exigem tentar, observar,
analisar, conjecturar, verificar, compõe o que
chamamos de raciocínio lógico, que é uma das
metas prioritárias do ensino da Matemática e
característica primordial do fazer ciência”
(BORIN, 2002, p. 09).
O professor, ao planejar um trabalho envolvendo
jogos e brincadeiras, precisa ter bem claro quais os
objetivos destes: é preciso que haja uma finalidade
matemática, evitando utilizar jogos “de sorte”. Os
mais interessantes seriam os “jogos de estratégias”.
Os jogos de estratégias são aqueles em que o fator
“sorte” não implica decisivamente no resultado
do jogo : corrida de cavalos, dama e amarelinha...
----Materiais
manipuláveis : ábaco, cartaz de valor-lugar, material dourado, tangram e outros
podem se tornar concretos alguns conceitos, assim como o de “número”.
--Uma
maneira de tornar acessíveis conhecimentos que só existem enquanto ideia, como
o conceito de número, ou até mesmo como forma de provocar o interesse do aluno,
os materiais manipuláveis, tais como ábaco, cartaz de valor-lugar, material
dourado, tangram e outros, são utilizados. O material dourado e o cartaz de
valor-lugar podem, respectivamente, auxiliar o aluno na ideia de:
--trocas hierárquicas e valor
posicional (sempre maior que - posição). Tangram: é um quebra-cabeça de origem
chinesa, formado por sete 7 peças que pode formar milhares de figuras
diferentes. Jogo chinês de sete peças: dois triângulos grandes,
dois pequenos e um médio, um quadrado e um
paralelogramo. Com ele pode‐se trabalhar: proporções entre as
peças, cálculo de áreas, relações geométricas,
construir figuras de acordo com modelos préestabelecidos, construir quadrados com duas, três,quatro, cinco e sete peças, etc.Também é possível trabalhar de maneira
interdisciplinar. Por exemplo, com a disciplina de
Língua portuguesa.
Podese pedir para os alunos escrevam uma
história a partir das silhuetas das figuras que eles
construírem com as peças do Tangram.
--No
estudo comparativo dos sistemas de numeração é possível constatar a supremacia
do sistema indo-arábico e a resistência do povo europeu em adotá-lo. Com essa
abordagem histórica a respeito dos sistemas de numeração é possível trabalhar
com os alunos, um dos temas transversais indicados pelos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN), é a pluralidade cultural (eles têm a cultura de
um numeral o português outra).
-- não se fala mais empresta ou vai um
(na subtração), e sim troca.
--Algumas atividades são
corrigidas pelos próprios estudantes, que trocam os exercícios entre si.
"Quando encontram um erro, peço que eles procurem onde o raciocínio falhou
e expliquem ao colega", conta o professor Luiz Otton Dumont Filho, da 6ª
série. Outra estratégia utilizada por Otton, uma vez a cada semestre, é a
avaliação em dois tempos. Assim que termina uma prova, Otton devolve a folha de
perguntas ao aluno e permite que ele escolha uma questão para refazer e entregar
no dia seguinte. "A condição, acertada com todos desde o início, é que
eles mantenham as respostas originais e entreguem a nova solução numa folha
separada." O objetivo, segundo Otton, é que o jovem se auto-avalie,
compare os caminhos que seguiu e encontre a origem do erro.
-Como resolver as questões dos alunos que não respeitam
as regras ou atrapalharam o jogo?
-Como podemos observar, essa atividade e as
problematizações propostas substituem com grande vantagem nos textos didáticos
e que abordam os temas adição e subtração, além de motivar os alunos a
aprenderem a escrever, a ler e a comparar números relativamente grandes para a
primeira série.
Todavia, o que consideramos mais importante é que os
alunos estiveram envolvidos ativamente. Nessa perspectiva, temos constatado que
não importa se a situação a ser resolvida é aplicada, se vai ao encontro das
necessidades ou dos interesses do aluno, se é lúdica ou abeta.
-Tomar os depoimentos de alunos ao final de uma quarta
(4ª) série quando produziram um livro com os melhores problemas criados por
eles durante o ano.
--Existem diversas alternativas pedagógicas voltadas ao
ensino de Matemática como:
Resolução de Problemas,
Modelagem Matemática,
História da Matemática,
Etnomatemática,
Jogos e brincadeiras,
Novas tecnologias
Entre outras. Todas essas alternativas pedagógicas são
diferentes, mas possui um aspecto em comum: levar os alunos a fazerem
Matemática a partir de uma situação-problema.
--De acordo com Ponte, Branco e Matos (2009) o pensamento
algébrico inclui três vertentes:
*Representar, que diz respeito a capacidade dos
estudantes utilizar diferentes sistemas de representações com caracteres de
natureza simbólica;
*Raciocinar, tanto dedutivamente quanto intuitivamente
com grande importância para o relacionar e o generalizar;
*Resolver problemas, que trata da utilização de elementos
algébricos para interpretar e resolver problemas matemáticos e de outros
domínios. Atitudes como traduzir informações representadas simbolicamente para
outras formas de representação (verbal, numérica, tabelas, gráficos) e
vice-versa, diz respeito a representar a
vertente do pensamento algébrico.
-- Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de
Matemática apresentam os blocos de conteúdos que embora separados no decorrer
do texto, estão intimamente ligados em sua prática. Observe alguns elementos
que esses blocos de conteúdos envolve:
Espaço e forma
Tratamento da
informação.
Grandezas e medidas
Números e operações.
--Uma mesma operação Matemática pode estar associada a
ideias distintas. Exemplos de situações
que estão relacionadas a diferentes ideias de adição:
I Tinha cinco figurinhas e hoje ganhei outros oito
figurinhas. Com quantas figurinhas fiquei? – acrescentar
II – José vendeu quatro vassouras, mas ainda restam seis.
Quantas vassouras ele tinha para vender? – restaurar
III Minha mãe comprou seis bananas e dois abacates .
Quantas frutas ela comprou? - juntar
AVALIAÇÃO== O processo de avaliação deve ocorrer antes,
durante e após a aula trabalhada.