domingo, 17 de dezembro de 2017

EDUCAÇÃO FÍSICA

Antes de começarmos o planejamento de nossas ações docentes, devemos ter consciência da enorme responsabilidade de ser professor, tanto na disciplina de Educação Física como em qualquer outra disciplina. Pensar a Educação Física como uma área destinada à recreação, ou como forma de gastar energia dos jovens para ficarem quietos nas demais disciplinas, é pensar de maneira simplista e reducionista.
Para atingir o objetivo determinado para essa área devemos pensar de uma forma abrangente, pois o ser humano é complexo e exige um pensamento complexo a respeito de sua relação com o mundo. Acreditar que o pensamento lógico-matemático, por exemplo, é de exclusividade da matemática é um pensamento equivocado. Este pensamento está coordenando nossas ações, possibilitando as relações que nossas ações produzem, portanto, é condição necessária para o conhecimento de nossa motricidade.
A disciplina de Educação Física, assim como qualquer outra disciplina, necessita de um plano de aula, indicando o que ser feito, como ser feito e por que ser feito. Ou seja, existe um ponto de partida e um ponto de chegada. Podemos afirmar, portanto, que planejar é antecipar uma ação. Quando antecipamos uma ação minimizamos os erros, pois há uma previsão de acontecimentos.
Plano de aula de Educação Física:
AUXILIA A PENSAR NO  PLANEJAMENTO DAS  AULAS!
Atividade EXEMPLO NA EDUCAÇÃO FÍSICA: JOGO DE BOLA QUEIMADA Ø Qual a dimensão conceitual desse conteúdo? O que eu quero que meus alunos compreendam conceitualmente sobre esse jogo? Ø Qual a dimensão procedimental desse conteúdo? O que eu quero que meus alunos vivenciem sobre esse jogo? Ø Qual a dimensão atitudinal no ensino desse conteúdo? O que eu quero transmitir de atitudes, valores, normas e condutas com esse jogo?
PARA PLANEJAR UMA AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA É PRECISO:
 1. Definir os conteúdos (três dimensões);
2. Traçar objetivos a serem alcançados com o ensino desse conteúdo (três dimensões);
3. Selecionar métodos e estratégias adequadas;
4. Avaliar o aluno (três dimensões).
PLANO DE AULA EM EDUCAÇÃO FÍSICA: composto de três partes Primeira parte: roda de conversa sobre o que será feito na aula. Segunda parte: práticas. Terceira parte: roda de conversa sobre o que foi feito na aula.
PARTE INICIAL: roda de conversa sobre o que acontecerá na aula (conteúdo, objetivos) e valorização dos conhecimentos prévios dos alunos PARTE PRINCIPAL: atividades (relacionadas com o conteúdo e os  objetivos) Descrição das estratégias metodológicas para ensinar o conteúdo e  alcançar os objetivos. PARTE FINAL: roda de conversa (retomada do conteúdo, dos objetivos e das atividades, questionamentos) FORMAS DE AVALIAÇÃO: Dimensão conceitual,  procedimental e atitudinal.
CONTEÚDOS SUGERIDOS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Referenciais Curriculares Nacionais
DOIS BLOCOS
Caráter instrumental do  movimento Possibilidades expressivas do  movimento
* Imitação/mímica
* Brincadeira cantadas
* Danças
* Jogos e brincadeiras sensoriais
* Atividades criativas
* Habilidades motoras básicas
* Equilíbrio corporal/equilíbrio de objetos
* Coordenação motora (com/sem material)
 * Jogos, brinquedos, brincadeiras
* Conhecimento sobre o corpo (percepção corporal, noções de higiene, saúde)
 * Ritmo individual e grupal
* Atividades gímnicas VOCÊS ACREDITAM QUE A ATIVIDADE  PROPOSTA PARA ESSA AULA ATENDEU OS  OBJETIVOS PROPOSTOS? QUAIS OS OBJETIVOS QUE EU GOSTARIA QUE MEUS ALUNOS  ALCANÇASSEM COM A REALIZAÇÃO DESSA ATIVIDADE  DENOMINADA “SOMBRA”?
§ Objetivo conceitual: compreender o que é uma sombra e um  exercício em sincronia. 
§ Objetivo procedimental: interpretar o movimento do colega e  realizá‐lo em sincronia com ele.
 § Objetivo atitudinal: aceitar e respeitar a escolha feita pelo amigo CONTEÚDOS SUGERIDOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL I Parâmetros Curriculares Nacionais Conhecimentos sobre o corpo Atividades rítmicas e  expressivas Esportes, jogos, lutas,  ginástica 3 BLOCOS JOGOS/BRINCADEIRAS ESPORTES GINÁSTICAS LUTAS DANÇAS CONHECIMENTO SOBRE O CORPO “O corpo é compreendido como um organismo integrado e não como  um amontoado de “partes” e “aparelhos”, como um corpo vivo, que interage com o meio físico e cultural, que sente dor, prazer, alegria,  medo, etc.” (BRASIL, 1997). EX: postura corporal; alterações que ocorrem no corpo durante as  atividades (respiração, frequência cardíaca).  Os conteúdos da Educação Física Escolar ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS “Intenção de expressão e comunicação mediante gestos e a presença  de estímulos sonoros como referência para o movimento corporal.”  (BRASIL, 1997). EX: brincadeiras cantadas; dramatização; pular corda. 
 •Os alunos poderão conhecer as qualidades do movimento expressivo  como leve/pesado, forte/fraco, rápido/lento, fluido/interrompido.
* Classificações (DARIDO, 2005) ‐ Étnicas: “diferentes povos” (tango na Argentina; dança do ventre no  oriente, etc.) ‐ Folclóricas: costumes e tradição (regiões do país) ‐ Danças de salão ou social: bailes e festas (forró, pagode, salsa, etc.) ‐ Dança teatral e artística: espetáculos (jazz, sapateado, ballet, etc.)
*Música e movimento: ritmo individual, grupal; gestos criativos; variações das habilidades básicas; noção de espaço; atividades em pequenos e grandes grupos; etc. ATIVIDADES: Espelho; siga o mestre; estátua; criação de movimentos (coreografias).
GINÁSTICA: Gênero masculino e feminino: competitiva e não competitiva
 • Classificação das modalidades de ginástica competitiva:
• Ginástica Rítmica, Artística, Trampolim, Aeróbica e Acrobática.
LUTAS: * Tipos de lutas: alguns exemplos para a Educação Física escolar : ‐ Judô ‐ Esgrima ‐ Tae Kwon Do ‐ Disciplina; concentração; interação; equilíbrio; quedas seguras;  agilidade; flexibilidade, velocidade, etc. 
ESPORTES: * Jogo X Esporte: diferenças * Classificação dos esportes: ‐ Individuais: corridas, saltos, arremessos, movimentos ginásticos, lutas. ‐ Coletivos (duas ou mais pessoas): vôlei, basquete, futsal, handebol. ‐ De aventura: ótica ambientalista (satisfação pessoal, desafio, vertigem,  sonho) ‐ Esporte na escola e o esporte da escola: rendimento ou  participação/educação? 
AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA Dimensão conceitual Dimensão procedimental Dimensão atitudinal COMO AVALIAR NAS TRÊS DIMENSÕES?
EXEMPLO DE AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA NAS TRÊS  DIMENSÕES - (PALMA; OLIVEIRA; PALMA, 2010).
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Bem, então você já verificou que não é difícil montar um plano de aula em Educação Física, pois possui basicamente as etapas do plano de aula de outras disciplinas, como Geografia, Português e Matemática, diferenciando-se apenas no conteúdo e forma de ser aplicado.
É importante relembrar que o plano de aula deve sempre partir do conteúdo, isto é, o conhecimento que irá ser abordado na unidade de aula. O conteúdo, por sua vez, é extenso e não conseguiremos encerrá-lo em uma ou duas aulas. Nesse sentido, fazemos a sua sistematização, ou seja, organizamos e prevemos o número aproximado de aulas que serão necessárias para concluí-lo. Mas, em nossas aulas, ao abordarmos determinados conteúdos estaremos também traçando objetivos para esses conteúdos na unidade de aula.
Exemplificando: na matemática, se vamos elencar o conteúdo adição em uma unidade de aula, fazer a adição de unidades, em outra aula fazemos a turma de dezenas. Na Educação Física não é diferente, o que muda é o conteúdo. Observe o quadro abaixo:


NÍVEL DE ENSINO
ENSINO FUNDAMENTAL I
2º ANO – Aula 1
TEMA
Estruturas capacitativas.
SUBTEMA
Lateralidade corporal.
OBJETIVOS
Vivenciar diferentes movimentos corporais que evidenciem a dominância lateral.
Verbalizar o conceito de dominância lateral.
MATERIAIS
Bolas de voleibol de E.V.A.
ATIVIDADE
----------------


Como você interpretou esse quadro?
Observe que temos um item denominado “tema” do plano de aula e o “subtema”, que é o conteúdo da aula em questão: lateralidade corporal. Após a definição do conteúdo, foram elencados os objetivos que pretendemos alcançar nessa unidade de aula. Logo em seguida, indicamos os materiais que serão necessários para a aplicação desse conteúdo. O material sempre será selecionado de acordo com a atividade escolhida para aula.
Nesse exemplo de aula não coloquei a atividade descrita  no quadro para demonstrar que ela não a etapa mais importante em uma aula de Educação Física, ou seja, ela apenas representa o meio para se atingir os objetivos elencados ao conteúdo. Entretanto, vale ressaltar que a atividade escolhida deve ter relação com o conteúdo e com o objetivo que se pretende alcançar.
Desenvolvimento da aula:
Parte 1:
• Apresentar aos alunos o conteúdo a ser estudado nas próximas aulas;
• Perguntar a eles o que a palavra lateral os lembra, explorando suas respostas;
• Expor a ideia de que nosso corpo possui vários lados e que temos mais facilidade ou dificuldade em realizar movimentos, de acordo com o lado que utilizamos (conceito de dominância lateral);
• Exemplo de questionamento: Vocês acham que os lados do corpo são iguais em relação à execução de uma ação de lançar um objeto? No que diferem?

Parte 2: Atividade
• Nesse item, o professor irá aplicar uma atividade que possibilitará a experimentação de ações de um lado do corpo e depois o outro lado. Por exemplo, membros superiores (lançamento da bola para um amigo), experimentar com um lado e depois o outro e verificar se houve diferença e qual foi a diferença.
•  Pode ser utilizado um jogo ou qualquer outra atividade.
Não apresentei um jogo específico para indicar que as estratégias representam um meio e não a parte mais importante da aula.

O professor deve ser muito claro sobre o conteúdo e os objetivos a serem alcançados em sua aula. A atividade e a sua forma de aplicação dependem do nível etário dos alunos, pois a verbalização e as ações do professor devem corresponder ao desenvolvimento físico dos educandos.
Vamos ver um exemplo de parte de uma aula, em que o conteúdo é o equilíbrio e está sendo ministrado para crianças da Educação Infantil.

https://www.youtube.com/watch?v=I0C1b3fw0wc&playnext=1&list=PL24B58DFF5D412B7E&feature=results_video
Observou a forma como foi conduzida a aula sobre equilíbrio? Embora os alunos estivessem dentro de sala de aula, com outras atividades acontecendo ao mesmo tempo (circuito), vou enfocar, inicialmente, apenas na primeira parte do vídeo, em que o conteúdo referente ao equilíbrio estava sendo realizado como parte da aula - Educação Física.
As informações sobre o conteúdo de equilíbrio foram apresentadas de maneira simples, a partir do que os alunos poderiam compreender sobre o assunto. E, após essa etapa inicial, eles realizaram atividades que solicitavam o conteúdo de equilíbrio. Em outras palavras, essa turma não possui base de conhecimento para compreender uma aula com termos elaborados, porém a professora compreende a necessidade do equilíbrio nessa idade e consegue que eles realizem essa ação.
Devemos deixar claro que, nesse momento da vida da criança, é importante a realização, pois nessa fase a criança é ação: ela realiza, sabe que consegue realizar, porém desconhece o processo, não possui uma tomada de consciência adequada da ação, mas é extremamente necessário que ela realize esses movimentos para progredir nas estruturas mentais, visando a compreensão de fato sobre o que está realizando (tomada de consciência), em etapas e fases posteriores.
perguntado:
- Professor, qualquer criança sabe saltar! Então, é necessário montar aulas sobre esse assunto? E eu sempre responderei:
- Sim, é necessário, pois não nascemos sabendo saltar. Esta ação tem que ser aprendida pelo sujeito.
Para vocês acreditarem no que estou dizendo, vamos fazer uma experiência! Quando vocês estiverem em campo (na escola), peça para uma criança, em torno de um ano e meio que já anda e corre, saltar sobre um risco feito no chão. Se ela não compreender o que pede, demonstre a ela e peça para ela repetir a ação que você realizou. Será que esta criança vai conseguir fazer a tarefa? A questão do saltar é complexa, pois exige a coordenação de outras noções que em uma criança muito nova não estão desenvolvidas, como a noção espaço-temporal (espaço e tempo para executar uma ação).
Sendo assim, a ação de saltar é uma ação que, necessariamente, tem que ser aprendida, assim como as outras habilidades. Porém, nessa fase em que se encontram as crianças que pedi para realizarem a experiência, elas certamente não possuem uma tomada de consciência adequada de sua ação.
Mesmo que perguntássemos para uma criança maior, de aproximadamente 3 anos, se quando ela realiza o salto o seu braço  participa desta ação, a resposta em geral é que não, e apontam que  somente as pernas fizeram a ação. Ou seja, a compreensão sobre a sua corporeidade é parcial.
Podemos concluir, nesse sentido, que as aulas de Educação Física devem ser sempre ser planejadas, sobretudo a partir do desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor que as crianças apresentam em cada fase de sua vida. Além disso, os planos de aula devem contemplar os mais diversos conteúdos referentes à motricidade humana, desde a sua etapa de realização mais simples até a forma mais complexa, visando a compreensão de todo o processo pedagógico na construção de uma ação.

-- motricidade humana. Primeiramente, ela é uma ciência, ou seja, ela possui um objeto de estudo e metodologias definidas, considerando o indivíduo em sua totalidade. Segundo, os estudos referentes à motricidade humana, que  têm como grande precursor, Manuel Sérgio, se aplicam a diferentes áreas de conhecimento, e não somente à educação física. Por fim, a motricidade humana rejeita a visão cartesiana e mecanicista do movimento humano (Descartes : Penso e, se penso deve existir alguma coisa. Penso, logo sou, logo existo”.) – tudo que existe possui movimento.

·         Referente a questão na minha opinião, o desenvolvimento da psicomotricidade no ensino infantil e fundamental, é o trabalho da coordenação motora fina, grossa, da lateralidade, do equilíbrio tudo isso influencia na escrita, no desenvolvimento  intelectual do aluno, pois desenvolve seu cognitivo. ligações com as áreas psicomotoras: Coordenação Motora Fina e Global, Estruturação Espacial, Orientação Temporal, Lateralidade, Estruturação Corporal e as relações com a aprendizagem no contexto escolar. aspectos da criança, como o motor, o social, o afetivo e o cognitivo. Por meio da brincadeira a criança envolve-se no jogo e sente a necessidade de partilhar com o outro. Ainda que em postura de adversário, a parceria é um estabelecimento de relação. Esta relação expõe as potencialidades dos participantes, afeta as emoções e põe à prova as aptidões testando limites. Brincando e jogando a criança terá oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis a sua futura atuação profissional, tais como atenção, afetividade, o hábito de permanecer concentrado e outras habilidades perceptuais psicomotoras. Brincando a criança torna-se operativa. A educação física desenvolve a parte física e motora da criança. ensinar a criança a praticar movimentos , Ambos trabalham pela aprendizagem e desenvolvimento do aluno. É importante que o pedagogo conheça a disciplina de educação física para melhor planejar e desenvolver com segurança as suas atividades, que requer movimento e ação das crianças ,que faz do esporte um momento de lazer e descontração, de interação, um espaço onde se envolvem no mundo dos esportes. 
-- A psicomotricidade busca, por meio da prática dos movimentos, o desenvolvimento integral do indivíduo em seus aspectos motores, cognitivos e afetivos. O desenvolvimento psicomotor resulta da relação da criança com o meio em que se insere.
A Lei de Diretrizes e Bases (1996) expressa que a educação começa nos primeiros anos de vida, no artigo 29 está escrito: A primeira etapa da educação básica, a educação infantil, tem como objetivo o desenvolvimento da criança em sua totalidade até os seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social, inteirando o papel da família e da comunidade.
Sendo assim, a psicomotricidade é um trabalho fundamental durante a educação infantil. Ela pode ser desenvolvida tanto pelo profissional de educação física, quanto pelo professor com formação em pedagogia.
--É muito importante o pedagogo, o professor ter conhecimento e aplicar a psicomotricidade desde a Educação Infantil pois ela é o reflexo dos movimentos, das ações reais do ser humano. Uma simulação onde a criança toma como direcionamento para a  construção do pensamento e tomada de decisão. Qual é fundamental para a aprendizagem cognitiva e motora.
-- Podemos trabalhar com as crianças, dentro da Educação Física, através de sua psicomotricidade, os sete processos mentais básicos de Piaget : correspondência (um por, para um), comparação, classificação, sequência (sucessão), seriação (separar, perceber diferença), inclusão, conservação (que permanece). Na construção desse conhecimento: dar situações que permita á criança pensar, fazer relação criada mentalmente, pois essa junção, habilita o desenvolvimento dos processos de inversão (um novo esquema, um novo pensamento, uma nova visão, uma nova ação) e reciprocidade(aceitação, acomodação, equilíbrio),   possibilitando o pensamento. Exemplos: pular amarelinha, circuito...
·         A psicomotricidade é a capacidade psíquica de realizar movimentos. Não é apenas o movimento propriamente dito, mas a atividade psíquica que transforma a imagem para a ação em estímulos para os procedimentos musculares adequados. Escrever, correr, dançar são atividades fundamentais no movimento de uma atividade motora. Simples em aparência necessita constantemente da intervenção coordenada por um conjunto neuromuscular em função de cada uma das situações em que se enquadra o sujeito ativo. 
A psicomotricidade é imprescindível na educação para o desenvolvimento físico, cognitivo e afetivo. Nós como professores precisamos ter o cuidado de elaborar as aulas fundamentando-se nesses aspectos para proporcionar ao aluno um desenvolvimento integral. Nesse aspecto, a escola que acompanha as mudanças de um mundo onde os  conhecimentos evoluem sem parar, deve priorizar os pilares que as sustentam: aprender a conhecer, aprender a fazer, a ser, aprender a conviver juntos; de forma lúdica e prazerosa.
Tendo como objeto de estudo, o  "movimento humano ou movimento corporal humano", se torna cultura (para todos, porque todos fazem), por isso acontece o fenômeno cultura corporal de movimento - construção de reflexão - ação. Não sendo pela Educação Física em si, mas pelo fenômeno movimento .

Após todas estas tendências e abordagens da Educação Física Escolar, sentimos a necessidade de sintetizar o papel da saúde em cada uma delas. O quadro a seguir representa nosso entendimento sobre o assunto:
Quadro 01: O papel da saúde nas tendências e abordagens da Educação Física Escolar.


Tendência/abordagem
Papel da saúde
Higienista
Promover a assepsia social, preocupação com a limpeza corporal, eugenia. Somente aulas práticas. Tema saúde abordado indiretamente. Visão biologicista e individualista de saúde.
Militarista
Preparar alunos saudáveis através de exercícios militares para representar o Brasil em futuras guerras. Somente aulas práticas. Tema saúde abordado indiretamente. Visão biologicista e individualista de saúde.
Pedagogicista
Início de discussões teóricas sobre o tema, mesmo que simplórias, sobre primeiros socorros, higiene, prevenção de doenças e alimentação saudável. Visão individualista de saúde.
Esportivista
Os alunos deveriam possuir saúde para tornarem-se atletas. Desenvolvimento da fisiologia e do treinamento esportivo. Somente aulas práticas. Tema saúde abordado indiretamente. Visão biologicista e individualista de saúde.
Popular
Discussões teóricas sobre diversos temas como o sedentarismo, as doenças sexualmente transmissíveis, o combate às drogas e os primeiros socorros. O biologicismo começa a declinar. Percepção de que somente a dedicação aos exercícios não é suficiente para a prevenção de doenças. Crise epistemológica na Educação Física, que provoca nova leitura do seu papel como produtora de saúde.
Psicomotricidade
Saúde tratada de forma indireta através de atividades que desenvolvam os aspectos psicomotores, cognitivos e afetivos. Somente aulas práticas. Visão não biologicista, porém individualista de saúde.
Construtivista
Saúde tratada de forma indireta através de atividades lúdicas envolvendo o jogo. Visão não biologicista, porém individualista de saúde.
Desenvolvimentista
Saúde tratada de forma indireta através de atividades que desenvolvam as habilidades motoras. Somente aulas práticas. Visão biologicista e individualista de saúde.
Críticas
Saúde tratada de forma direta através discussões e debates sobre as injustiças sociais pautadas no marxismo. Visão não biologicista e socialista de saúde.
Saúde Renovada
Saúde tratada de forma direta através de discussões e aulas práticas. A relação atividade física – saúde é tida como causa efeito. Visão não completamente biologicista, porém defende de forma muito forte as questões orgânicas como única fonte de saúde. Visão individualista de saúde.
PCNs
Saúde tratada de forma direta através de discussões e aulas práticas. Aproxima-se do campo da Saúde Coletiva por incluir em suas discussões temas da Saúde Pública. Considera a cidadania como saúde. Visão não biologicista e, ainda que não tão incisiva, coletiva de saúde.

Referencial curricular nacional para a  educação infantil e a educação física:
O Referencial foi concebido de maneira a servir como um guia de  reflexão de cunho educacional sobre objetivos, conteúdos e   orientações didáticas para os profissionais que atuam diretamente  com crianças de zero a seis anos respeitando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira. (BRASIL, 1998)
ROMPER O PENSAMENTO DE QUE AS CRIANÇAS NA  EDUCAÇÃO INFANTIL  DEVE§ ...possuir posturas rígidas, mantendoas em filas ou  sentadas por tempo prolongado!
§ ...ficar quietas, sem se moverem, pois o movimento  atrapalha a aprendizagem!
§ ... ser disciplinadas em sala de aula e não em espaços  diferenciados!
§ ...adequarse ao ritmo do outro.
A CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL DEVE TER A  OPORTUNIDADE  DE...
§ ...explorar o ambiente físico e social!
§ ...participar de atividades desafiadoras e lúdicas!
§ ...expressar sentimentos e pensamentos!
§ ...manifestarse por meio de seu próprio ritmo!
CONTEÚDOS SUGERIGOS PARA AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA
 A EDUCAÇÃO INFANTIL:
DOIS BLOCOS -  Possibilidades expressivas do movimento Propostas: realização de gestos, posturas e  ritmos para se expressar e se comunicar. * Expressões e comunicação de ideias,  sensações e sentimentos pessoais; utilização de  espelhos. * Manifestações corporais da cultura corporal:  jogos, brincadeiras, danças, conhecimento sobre  o corpo. Exemplos: atividades de danças e canto (percepção rítmica), mímicas, imitação de bichos, interpretação de histórias infantis, pinturas, desenhos, massagem, atividades sensoriais.
DOIS BLOCOS -  Caráter instrumental do movimento Propostas: equilíbrio e coordenação  motora * Habilidades  motoras básicas (explorar  o ambiente).
* Diversificação dos objetos (manuseio):  tamanho, peso e cores;
* Desafios corporais: circuitos (rampa,  pneus, colchonetes) Exemplos: deitar e sentar em diferentes posições e inclinações, explorar a variação das habilidades motoras (lateralidade), jogos e brincadeiras, ritmo individual e grupal.
-Como podemos avaliar os alunos nas aulas de educação física para a educação infantil:
Evitar comparações entre os colegas: avaliação individual e  contínua (portfólio);
§Diário de campo para registrar e identificar avanços,  dificuldades, conquistas e tensões: informálos sobre suas  evoluções;
§ Estabelecimento de novos caminhos e propostas.
-Parâmetros curriculares nacionais e a  educação física (1º e 2º ciclos):
É tarefa da Educação Física escolar garantir o acesso dos alunos às práticas da cultura corporal, contribuir para a construção de um estilo pessoal de exercêlas e oferecer instrumentos para que sejam capazes de apreciálas criticamente (BRASIL, 1997, p.24)
CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO -  Temas transversais Cultura corporal: dimensões conceitual,  procedimental e atitudinal Inclusão.
CONTEÚDOS SUGERIGOS PARA AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL:
RELEVÂNCIA SOCIAL (relação com a cultura e temas  transversais)
 § CARACTERÍSTICA DOS ALUNOS (diferenças regionais e  individualidade)
§ CARACTERÍSTICAS DA PRÓPRIA ÁREA (movimento  humano
-3 BLOCO
Conhecimentos sobre o corpo -  Atividades  rítmicas e  expressivas Esportes, jogos,  lutas, ginástica expressivas.
Evitar comparações entre os colegas;
§ Diário de campo, visando registrar:
§Como a criança enfrenta desafios corporais na aprendizagem dos diferentes conteúdos;
§ Participação, respeito às regras e organização; § Interação sem discriminação;
 § Valorização dos conteúdos referentes à cultural corporal.
§ Evitar a avaliação por indicadores numéricos (aptidão física:  testes e normas);
§ Dimensão conceitual, procedimental e atitudinal.
-TEMAS TRANSVERSAIS:
Ética Pluralidade Cultural Meio Ambiente Saúde Trabalho e consumo Orientação Sexual.
A psicomotricidade pode ser entendida como a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas.  Alguns elementos constituem a psicomotricidade. Sobre esses elementos, características:
Esquema corporal intuição de conjunto ou um conhecimento imediato que temos de nosso corpo estático ou em movimento, na relação de suas diferentes partes entre si e, sobretudo, nas relações com o espaço e com os objetivos que o circundam.
Dominância lateral – é mais que apenas escolher a mão para escrever, refere-se ao esquema do espaço interno do indivíduo, que o capacita a utilizar um lado do corpo com melhor desembaraço do que o outro, em atividades que requeiram habilidade, caracterizando-se por uma simetria funcional.
Organização do corpo no espaço, A capacidade de movimentar o próprio corpo de forma integrada, dentro de um ambiente contendo obstáculos desviando locomovendo-se  ou passando por eles.
As habilidades psicomotoras são essenciais ao bom desempenho no processo de alfabetização. A aprendizagem da leitura e da escrita exige habilidades de conhecimento numérico suficiente para saber por exemplo, quantas voltas existem nas letras m e n, ou quantas sílabas formam uma palavra (área de habilidades conceituais), pronúncia adequada de vogais, consoantes, sílabas, palavras (áreas de comunicação e expressão).
Para uma ação interventiva, coerente as atividades, devem relacionar-se a aspectos que são sempre uma constante na psicomotricidade. As qualidade físicas dizem respeito a força, flexibilidade, agilidade, velocidade, coordenação motora, equilíbrio, noções de espaço e temo e lateralidade. Os aspectos afetivos e social dizem respeito a capacidade de análise e desenvolvimento de memória. As características cognitivas dizem respeito a socialização, organização, disciplina, responsabilidade, coragem e solidariedade.
Os conteúdos trabalhados na s aula de Educação física no âmbito escolar podem ser divididos em três dimensões:
-Conceitual – pode ser chamada também de intelectual ou cognitiva. Diz respeito ao conceito que o aluno possui e / ou é capaz de ter ou modificar sobre um determinado conhecimento. [...] conceito que o aluno possui e/ou é capaz de ter ou modificar sobre um determinado conhecimento [...] uma pessoa adquire um conceito quando é capaz de dotar de significado um material ou informação que lhe é apresentada, ou seja, quando ‘compreende’ esse material, em suas próprias palavras (TOLEDO; VELARDI; NISTAPICCOLO, 2009, p.38;
 -DIMENSÃO CONCEITUAL  PROCEDIMENTAL MOTORA OU FÍSICA: [...]  formas determinadas e concretas de agir,  cuja principal característica é que não são  realizadas de forma arbitrária ou desordenada,  mas de maneira sistemática e ordenada [...]  saber fazer, formas de atuar, usar e aplicar  correta e eficazmente os conhecimentos  adquiridos (COLL; VALLS, 1998, p.78);
-DIMENSÃO CONCEITUAL ATITUDINAL  AFETIVA OU SOCIAL - [...] são influenciados por fatores sociais, normas, papéis, valores ou crenças e possuem três componentes: cognitivo, afetivo e conativo ou de conduta, os quais estão ligados, apesar da atuação de forma diferenciada nas manifestações de atitudes (NISTAPICCOLO; MOREIRA, 2012, p.97)
Didaticamente falando, a psicomotricidade, por meio das práticas psicomotoras, estimula as áreas de conhecimento da criança, especialmente, a comunicação e expressão, percepção e a coordenação.
-Área da Orientação ou estruturação espacial/temporal é importante no processo de adaptação do indivíduo ao ambiente, já que todo corpo, animado ou inanimado, ocupa, necessariamente, um espaço em um dado momento. Corresponde à organização intelectual do meio e está ligada à consciência, à memória, às experiências vivenciadas pelo indivíduo.
PSICOMOTRICIDADE : “É a ciência que tem como objeto de estudo o homem  através do seu corpo em movimento e em relação ao seu  mundo interno e externo. Está relacionada ao processo de  maturação, onde o corpo é a origem das aquisições  cognitivas, afetivas e orgânicas. É sustentada por três  conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o  afeto. Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado  para uma concepção de movimento organizado e  integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito  cuja ação é resultante de sua individualidade, sua  linguagem e sua socialização.” (Definição da Sociedade  Brasileira de Psicomotricidade) 
BRINCAR  - Possibilidade de intervenção que auxilia de forma  significativa no desenvolvimento da criança. - Momento de aprender, de experimentar, vivenciar  e desenvolver. Domínio cognitivo Domínio Afetivo Domínio Motor Convivência em grupo (relações  sociais), a respeitar regras, a  aceitar o outro e a suas próprias  limitações (emoção e afeto)
O desenvolvimento psicomotor é importante para a  prevenção de problemas de aprendizagem, de postura, de  ritmo, lateralidade... Psicomotricidade e movimento contextos de ação diferenciados, em função de  critérios que têm como referência a própria história  dos sujeitos, a origem e características das suas  dificuldades
Jogo lúdico, dinâmica individual ou em grupo
Atividades adequadas ao  contexto da criança / interação  com o contexto que a cerca Idade mental e cronológica, anseios e  características da criança 
Atividades expressivas e jogos de estimulação sensorial Psicomotricidade e movimento A criança interage, participa, compreende o  contexto da tarefa e organiza suas respostas e  expressões (gráfica, motora, verbal, sonora...)
Atividades de resolução de problemas e jogos com regras Desenvolvimento das habilidades  motoras, cognitivas, afetivosociais EXPRESSÃO DA CRIANÇA
Didaticamente falando, a psicomotricidade, por meio  das práticas psicomotoras, estimula as áreas de  conhecimento da criança, especialmente, a  comunicação e expressão, 
percepção e a coordenação.  Áreas da psicomotricidade a) Comunicação e expressão - Permite ao indivíduo trocar experiências e  atuar verbal e gestualmente no mundo. Uma  vez que a linguagem verbal encontra se,  intimamente, dependente da articulação e  da respiração, mas também das relações  com o meio social que a criança encontrase  inserida.
b) Percepção : É a capacidade de reconhecer e compreender estímulos  recebidos. A percepção está ligada à atenção, à  consciência e à memória  sentidos
c) Coordenação A coordenação motora está ligada  ao desenvolvimento físico, pode ser  entendida como a união  harmoniosa de movimentos. Supõe,  ainda, a integridade e maturação do  sistema nervoso. (tipos)
d) Orientação: A orientação ou estruturação espacial/temporal é  importante no processo de adaptação do indivíduo ao  ambiente, já que todo corpo, animado ou inanimado,  ocupa, necessariamente, um espaço em um dado  momento.  Corresponde à organização intelectual do meio e está  ligada à consciência, à memória, às experiências  vivenciadas pelo indivíduo. 
Habilidades psicomotoras e alfabetização
A aprendizagem da leitura e da escrita exige habilidades como:
1. Dominância manual já estabelecida (área de lateralidade); 
2.Conhecimento numérico suficiente para saber, por exemplo,  quantas voltas existem nas letras m e n, ou quantas sílabas  formam uma palavra (área de habilidades conceituais);3. Movimentação dos olhos da esquerda para a direita, domínio de movimentos delicados adequados à escrita, acompanhamento  das linhas de uma página com os olhos ou os dedos, preensão  adequada para segurar lápis e papel e para folhear (área de  coordenação visual e manual); 
4. Discriminação de sons (área de percepção auditiva); 
5.Adequação da escrita às dimensões do papel,  reconhecimento das diferenças dos pares b/d, q/d, p/q etc.,  orientação da leitura e da escrita da esquerda para a direita,  manutenção da proporção de altura e largura das letras,  manutenção de espaço entre as palavras e escrita orientada  pelas pautas (áreas de percepção visual, orientação espacial,  lateralidade, habilidades conceituais); 
6.Pronúncia adequada de vogais, consoantes, sílabas, palavras  (área de comunicação e expressão); 
7. Capacidade de decompor palavras em sílabas e letras  (análise); 
Elementos constituintes da psicomotricidade  - esquema corporal - Conhecer seu próprio corpo, suas funções e interações com  ele mesmo e com o meio
 que o cerca é fundamental na  construção do esquema corporal  e no desenvolvimento 
normal (motor, afetivo e cognitivo) da criança. Uma intuição de conjunto ou um conhecimento imediato  que temos de nosso corpo
 estático ou em movimento, na  relação de suas diferentes partes entre si e, sobretudo,
nas  relações com o espaço e com os objetos que o circundam” (FONSECA, 2008). 
ESQUEMA CORPORAL :
Importante para a formação da personalidade da  criança – como ela se vê A criança se sente bem quando seu corpo “obedece”  para movimentarse e agir. Esquema corporal mal constituído : falta de  coordenação, dificuldades na grafia e na leitura Esquema corporal bem constituído – experiências Movimentarse, agir, expressarse, comunicarse  com o mundo que o cerca, sem medos e frustrações 
Para auxiliar no desenvolvimento do esquema corporal da  criança devemos considerar: a) Domínio corporal: domínio e controle sobre suas  ações corporais 
b) Conhecimento corporal: conhecer seu corpo e suas  dimensões 
c) Passagem para ação: transpor suas descobertas
- Capacidade de movimentar o próprio corpo de forma  integrada, dentro de um ambiente
contendo  obstáculos, desviando, locomovendo-se ou passando  por eles 
ORGANIZAÇÃO DO CORPO NO ESPAÇO : Movimentos simples como o rastejar, engatinhar, e andar  propiciam a criança o desenvolvimento das primeiras noções  espaciais: perto, longe, dentro, fora, em cima, embaixo.  Desenvolvimento integral da criança
Problemas de noção espacial ou temporal : Dificuldades em ordenar os elementos de uma sílaba,  matemática (formas geométricas,
fileiras e colunas),  distinguir “p” do “q”, “b” do “d”, 21 do 12.
É mais que apenas escolher a mão para escrever,  refere se  ao esquema do espaço interno do indivíduo,  que o capacita a utilizar um lado do 
corpo com  melhor desembaraço do que outro, em atividades  que requeiram habilidade, caracterizandose por uma  assimetria funcional. 
DOMINÂNCIA LATERAL: A lateralidade não deve ser  estimulada até que tenha sido  definida.
Manter a estabilidade corporal durante os movimentos  ou em estabilidade.
 EQUILÍBRIO : Fonseca (2009) e Rosa Neto (2002) mencionam que obter  um bom equilíbrio é essencial para a conquista da  locomoção e a independência dos membros superiores. 
Dificuldades no equilíbrio: Estados de ansiedade e  insegurança, pois a criança não  consegue manter um estado  estático ou de movimento e isto 
atrapalha a relação entre  equilíbrio físico e psíquico.  Indisponibilidade imediata dos  movimentos, desequilíbrio  corporal  global, marcha não  harmoniosa, tensões musculares 
locais, desalinhamentos  anatômicos e imprevisibilidade de  atitudes .
 Socialmente, a criança pode apresentar  tendência à inibição ou desejo de esconder, e 
falta de confiança em si mesmo. 
Nesse sentido,  podemos dizer que o equilíbrio não se resume,  exclusivamente, a uma 
atitude referente ao  tônus muscular, mas que afeta psicologicamente  a criança em suas relações sociais .
ORGANIZAÇÃO LATERO ESPACIAL : Não devemos confundir lateralidade (dominância de um  lado em relação ao outro, a nível de força e da precisão) e conhecimento "esquerdadireita" (domínio dos termos  "esquerda" e "direita"). 
ESPACIAL ORGANIZAÇÃO LATEROESPACIAL : É entendido como sendo a  generalização, da percepção do eixo  corporal, a tudo que cerca a criança. 
Se a criança percebe que trabalha naturalmente "com aquela mão",  guardará sem 
dificuldade que "aquela mão" é à esquerda ou à direita  (FONSECA, 2008). 
6 anos, a criança tem conhecimento do lado direito e esquerdo do seu  corpo 7 anos reconhece a posição relativa entre dois objetos  8 anos reconhece o lado direito e esquerdo em outra pessoa  9 anos
 consegue imitar movimentos realizados por outras pessoas com  o mesmo lado do corpo no qual a pessoa realiza o movimento  10 anos reproduz movimentos de figuras esquematizadas  11 anos consegue identificar a posição relativa entre 3 objetos.
COORDENAÇÃO DINÂMICA:
A coordenação dinâmica geral da criança, um bom  domínio do corpo suprindo a ansiedade habitual,  diminui as tensões trazendo um controle satisfatório e  a confiança com
relação ao próprio corpo. 
COORDENAÇÃO DINÂMICA Com relação à coordenação  dinâmica das mãos, Le Boulch(1982) diz que a habilidade
manual  ou destreza constitui um aspecto  particular da coordenação global.  Reveste 
muita importância no  grafismo, ao qual se deve dar uma  atenção em particular.
Distúrbio no desenvolvimento da coordenação  (tanto global como da dinâmica das mãos):Dificuldades escolares, como a disgrafia que  ultrapassa linhas e margens do caderno, 
pode ter dificuldades na apreensão de dedos  e nos gestos. 
-Brincar – sistematização Psicomotricidade – Desenvolvimento integral (motor, cognitivo e afetivo) Áreas da psicomotricidade – Comunicação e expressão, percepção, coordenação e orientação
Alfabetização Elementos: esquema corporal, organização do corpo no espaço, dominância lateral, equilíbrio, organização latero-espacial e coordenação dinâmica. Relembrando... Para uma ação interventiva, coerente as atividades, devem relacionar-se a aspectos que são sempre uma constante na psicomotricidade. Estratégias psicomotoras e consequências educativas Qualidade física: força, flexibilidade, agilidade, velocidade, coordenação motora, equilíbrio, noções de espaço e tempo e lateralidade Aspecto afetivo e social: socialização, organização, disciplina, responsabilidade, coragem e solidariedade. Características cognitivas: capacidade de análise e desenvolvimento de memória. Além desses fatores, podemos considerar como estruturas psicomotoras de base para a intervenção: Locomoção: habilidade referente à locomoção com destreza, domínio e equilíbrio.
Exemplo de atividade: amarelinha, dança da cadeira, pegador. Manipulação: Habilidade de manuseio e controle de objetos.
Exemplo de atividade: lenço atrás, dança da laranja. Tônus Corporal: Ajustamento e controle postural.
 Exemplo de atividade: jogo das cinco Marias. Lateralidade: Noção de direita e esquerda. Exemplo de atividade: brinquedos cantados: escravos de jó. Coord. Fina: habilidade de manejo e controle de objetos, trabalhando com as extremidades dos segmentos (mãos). Exemplo de atividade: bola de gude, pintura. Coord. Grossa: Habilidade e destreza corporal para responder a uma tarefa com a totalidade das mãos ou do corpo.
Exemplo de atividade: bola queimada. Coord. da dinâmica geral: é a atuação conjunta do sistema nervoso central e da musculatura esquelética, na execução do movimento. Temos a coordenação motora ampla e seletiva.
Exemplo de atividade: pula carniça.
Equilíbrio: É a capacidade de manter-se sobre uma base, pode ser estático e dinâmico. Exemplo de atividade: amarelinha, bola ao túnel.
Esquema Corporal: é o conhecimento que temos do corpo em movimento ou em posição estática, em relação aos objetos e o espaço que o cerca.
 Exemplo de atividade: A raposa que gostava de comer capim, elefante colorido. Constantes – prática significativa = resultado significativo
Exercícios psicomotores Engatinhar, rolar, balançar, dar cambalhotas, se equilibrar em um só pé, andar para os lados, equilibrar e caminhar sobre uma linha no chão e materiais variados (passeios ao ar livre), atividades recreativas
Cognitivo Afetivo PSICOMOTOR Domínio do gesto, estruturação espacial e orientação temporal, coordenação motora fina – não apenas caligrafia
Exercícios de pré-escrita:
a) Direção gráfica: escrevemos horizontalmente da esquerda para a direita (lateralidade);
b) Noções topológicas básicas como: em cima e embaixo (n e u), de esquerda e direita, de oblíquas e curvas (g e q);
c) Noção de antes e depois, sem o que a criança não inicia seu gesto no lugar correto (escrita espelhada, flutuando entre as linhas). Aprendizagem das letras e dos números, domínio do gesto, compreensão da imagem.
Psicomotricidade: ação preventiva e reeducativa
Campo terapêutico e de reintegração social
 Dificuldades de aprendizagem
Debilidade motora práticas reeducativas terapia psicomotora movimento
Emoção relacionada ao movimento (afetiva)
Psicomotricidade = possibilidade, um meio de prevenção adequado para compensar a privação de movimento que, por vezes, ocorre no ambiente escolar, pois como ação educativa integrada e fundamentada na comunicação, na linguagem e nos movimentos naturais conscientes e espontâneos da criança.
Educação, Reeducação e Terapia Psicomotora Favorecer o desenvolvimento dos gestos e movimentos e a capacidade de percepção;
Desenvolver o equilíbrio;
Aprimorar e desenvolver a percepção do corpo e permitir à criança adquirir o sentimento de segurança;
 Favorecer e melhorar a psicomotricidade global e fina, sobretudo a grafomotricidade por meio da manipulação; Revelar e reforçar o predomínio manual; Estimular a confiança em si;
Atenuar os bloqueios que interferem na aprendizagem escolar;
Sensibilizar o ambiente envolvente – família, escola - face às dificuldades da criança. Educação psicomotora O trabalho da reeducação privilegia, a princípio, três situações:
o alívio do problema, a redução do sintoma e a adaptação ao problema, através de jogos e exercícios psicomotores.
Reeducação psicomotora Técnicas específicas
Exercícios psicomotores e jogos
Trabalho direto com o sintoma observado no exame psicomotor e pelas falas
Distúrbios manifestados no corpo, mas sem alterações neurológicas
Os transtornos psicomotores da infância :
Transtornos que comprometem o esquema e a imagem corporal bem, como o tônus muscular, impossibilitando a criança, por vezes, de apresentar domínio de seu próprio corpo, resultando em dificuldades em todos os demais elementos psicomotores, e comprometendo, assim, seu desenvolvimento nos domínios cognitivo, afetivo e motor. Transtornos normalmente estão relacionados ao mundo afetivo
 Dificuldade em dar continuidade às brincadeiras e às produções corporais.
 Dificuldade para inibir movimentos.
 Necessidade de estar sempre em movimento. Atitudes expansivas e explosivas. Inquietação e agitação. Incapacidade para relaxar e permanecer quietas.
Descontrole emocional e neurovegetativos: sudorese nas mãos, dores de barriga, vontade de urinar, rubor.
Tiques: involuntário, súbito, rápido e repetitivo. Existe nos tiques um período de “luta”, de controle doloroso, seguido de uma explosão “liberadora” do movimento, que se transforma em fonte de constrangimento
. Paratonia: impossibilidade de relaxar voluntariamente um músculo.
 Físico, ou incidência corporal: aqui tratamos das dispraxia, perturbações do esquema corporal, de lateralidade, de estruturação temporal e espacial, problemas psicossomáticos, perturbações da imagem corporal, desarmonias tónicoemocionais, instabilidade postural dentre outros.
Cognitivo: referentes a déficits de atenção, de memória, de organização perceptiva, simbólica e conceptual, e outros problemas dessa ordem.
Socioafetivo ou incidência relacional: resultantes em inibição, hiperatividade, agressividade, dificuldades de comunicação dentre outros. Dificuldade em se manter numa brincadeira
Dificuldade em inibir seus movimentos, provocando ações explosivas e agressivas Agitadas, ansiosas e inquietas – necessidade de movimentar-se Instabilidade emocional e intelectual
Falta de atenção e concentração Deficiência na formulação de conceitos e no processo de percepção ( discriminação de tamanho, figura-fundo, orientação espaço-temporal); INSTABILIDADE PSICOMOTORA Alteração da palavra e da comunicação (atraso na linguagem e distúrbios da palavra);
Alterações emocionais ( são impulsivas, explosivas, sensíveis, frustram-se com facilidade, destruidoras);
Alterações do sono ( terror noturno, movimentos enquanto dormem); Alterações no processo do pensamento abstrato;
 dificuldades de escolaridade ( leitura, escrita, aritmética, lentidão nas tarefas, dificuldade de copiar da lousa, entre outras manifestações.
INSTABILIDADE PSICOMOTORA PARATONIA:
Limitação nas quatro extremidades do corpo (ou apenas em duas) – “deselegância” ao correr – limitações e rigidez nas mãos e nas pernas;
DEBILIDADE PSICOMOTORA SINCINESIA – Participação de músculos em movimentos aos quais eles não são necessários – descontinuidade de gestos; imprecisão nos movimentos dos braços e das pernas; dificuldade de realizar os movimentos finos dos dedos… A criança não usa seu corpo para se comunicar com os outros. É o oposto da instabilidade, pois também há uma falta de limite, mas esta falta barra o agir da criança. INIBIÇÃO PSICOMOTORA -  A criança parece cansada e demonstra pouca expressão corporal ou facial – fragilidade, inibição Dificuldade em associar movimentos para realizar uma tarefa
Transtorno espacial (dificuldade de lateralizar, de nomear objetos, espelhamento de letras, assimetria nos movimentos – todos estes aparecendo persistentemente)
 DISPRAXIA  - Desvio no desenvolvimento cognitivo no que diz respeito à distinção de aspectos figurativos, o que impede que a criança atinja a fase de operações concretas. Há uma perturbação do esquema corporal. Quando a dispraxia é no olhar, além das perturbações perceptivas, há dificuldades posturais e de equilíbrio.
Reeducação psicomotora para alunos com deficiência Impedimentos a longo prazo de natureza física ou motora, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação, plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (ONU, 2006) Implicam em determinadas necessidades, que são chamadas de especiais (NE) Necessidades Educacionais Especiais – NEE “se uma criança apresenta inabilidades motrizes, não se trata de educar de novo, mas de oportunizar aprendizagens”, criando um ambiente pedagógico para que a criança amplie seu vocabulário psicomotriz, porque a motricidade humana está mais relacionada aos aspectos externos, de ordem sociocultural, do que a aspectos internos, puramente funcionais. Quando alguém, por um traumatismo qualquer, perde parcial ou totalmente uma habilidade motora já desenvolvida, a psicomotricidade irá auxiliar na oportunidade de ofertar elementos condutores à recuperação, através de aprendizagens de ordem socioculturais.
 Psicomotricidade = jogo e brincadeira- desenvolvimento cognitivo e psicomotor  - O avanço dos processos evolutivos deve ser entendido como a maturação neurológica numa ampla dimensão das aprendizagens (verbal, mímica, gestual e motora). A psicomotricidade como é entendida é um meio a mais que ajuda a criança a se desenvolver. Ela deve utilizar a expressão corporal na mais ampla dimensão que se pode dar ao termo, isto é, ela deve promover um ambiente pedagógico para que a criança experimente movimentos técnicos e simbólicos, num clima de liberdade para agir e interagir com os iguais e com os objetos que são colocados à sua disposição, seja num ato pedagógico, seja num terapêutico (NEGRINE, 1995, p. 140). Vídeo Psicomotricidade e deficiência Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=6yNQV44njEQ
 Se você deixa de ver a pessoa, vendo apenas a deficiência, quem é o cego?
Se você deixa de ouvir o grito de seu irmão por justiça, quem é o surdo?
 Se você não pode comunicar-se com sua irmã e a separa de você, quem é o mudo?
Se sua mente não permite que seu coração alcance seu vizinho, quem é o deficiente mental?
 Se você não se levanta para defender os direitos de todos, quem é o aleijado?
Nossa atitude com as pessoas deficientes pode ser nossa maior deficiência...” (Autor desconhecido)
Inclusão Sobreposição de preconceitos e barreiras Instrumentos legais para garantir o acesso ao ensino regular, independente da restrição do aluno .
Professores que encaravam a deficiência como uma realidade distante estão tendo que se atualizar para receber estes alunos Algumas questões surgem neste processo Será que a escola está preparada para receber essas crianças, tanto no sentido de adaptações para acessibilidade quanto no apoio necessário aos professores?
Será que os cursos oferecidos aos professores podem de fato capacitá-los a lidar com alunos com deficiências?
Como os professores e os demais alunos se comportam diante de crianças com algum tipo de deficiência?
Como a própria criança nessas condições encara a proposta das escolas inclusivas? Educação física escolar – aluno dispensado Privação de experiências motoras Modificação de comportamentos, atitudes e visão estigmatizada
Inclusão de qualidade A formação de professores para o ensino da diversidade;
O acesso ao currículo, com um projeto pedagógico que inclua os educandos atendendo ao princípio da flexibilização;
Mudanças no âmbito administrativo, oferecendo recursos humanos, materiais e financeiros que viabilizem e sustentem a inclusão;
Esclarecimentos para toda a comunidade envolvida no movimento de inclusão
Condições necessárias para a inclusão nas escolas
Resistência muitas vezes dos próprios pais
 Falta de informações sobre potencialidades das crianças e benefícios da atividade física Receio que os filhos se arrisquem
Falta de interesse em alguns casos
Inclusão em educação física
 Carência de capacitação profissional
 Pouca divulgação de informações Recursos materiais e instalações inadequados (custo) Visão assistencialista sobre deficiência - Pontos a serem superados:
Maior divulgação do assunto na mídia
 Preocupação com acessibilidade arquitetônica
Aumento do número de pesquisas na área
Preocupação com esporte educacional (Paralimpíadas Escolares)
Maior atenção por parte dos profissionais de educação física para este campo de atuação Educação Física na escola colocada como mais propícia à inclusão.
-Possibilitar ao sujeito a compreensão de suas estruturas capacitativas, como equilíbrio, força, dominância lateral, entre outras, como também as manifestações culturais como o jogo, esporte, dança, ginástica e lutas. Compreendemos que é por meio das estruturas capacitativas que o sujeito age no mundo e, desta interação entre sujeito e mundo mediada pela sua ação, que é possível conhecer o mundo, tanto o físico como o social.
-No vídeo de Charles Chaplin. Esse vídeo é uma parte do filme “Luzes da Ribalta”, no qual Carlitos irá lutar boxe para conseguir dinheiro. Nos filmes que Charles Chaplin fez no cinema mudo, necessitou de uma rigorosa compreensão da sua motricidade, pois somente podia contar com ela para realizar a cena, ou seja, usou somente da linguagem corporal e não da linguagem falada.
- Questões que implicam no entendimento de como uma aula de educação física deve ser estruturada e aplicada:
*Quais estímulos podem ser enfatizados ao longo do processo de ensino e aprendizagem que contribuirão com essa assimilação e acomodação?
*Quais conteúdos da educação física podem auxiliar nesse processo?
*Quais estratégias metodológicas podem ser aplicadas?
*De que forma podemos avaliar os nossos alunos? 
- Quando a criança vai imitar o movimento de alguém, muitas vezes, ela não está na fase de desenvolvimento adequado para compreender o que é necessário fazer para atingir a tarefa com sucesso.
Esses duas tarefas motoras apresentadas nos dois vídeos parecem muito fáceis na lógica do adulto, contudo, nós, enquanto professores, devemos sempre estar focados na lógica da criança. Devemos estar alinhados na forma de pensar da criança, para podermos agir adequadamente, a fim de possibilitar que ela construa as estruturas mentais necessárias para coordenar as ações necessárias para uma determinada ação. Sendo assim, nossa ação no mundo não é uma ação qualquer, é uma ação pensada e que vai se sistematizando ao longo da vida, com significado e sendo significante para o sujeito.
-Para que o movimento seja assimilado, ele precisa ter um significado para a criança, evitando, desse modo, aulas que priorizam apenas o saber fazer, negligenciado o entendimento do o saber sobre e o saber ser.
- Devemos deixar claro que, nesse momento da vida da criança, é importante a realização, pois nessa fase a criança é ação: ela realiza, sabe que consegue realizar, porém desconhece o processo, não possui uma tomada de consciência adequada da ação, mas é extremamente necessário que ela realize esses movimentos para progredir nas estruturas mentais, visando a compreensão de fato sobre o que está realizando (tomada de consciência), em etapas e fases posteriores. Continuando a análise do vídeo (https://www.youtube.com/watch?v=I0C1b3fw0wc&playnext=1&list=PL24B58DFF5D412B7E&feature=results_video – educação infantil, equilíbrio), identificamos que a dinâmica utilizada é de estações de atividades, não se esquecendo do principal da aula, o conteúdo.
Como pode ser observado nessa aula, a professora está realizando uma junção de objetivos de um conteúdo maior, que seria a consciência corporal. Nessa forma de organizar a aula, a ênfase foi maior sobre o equilíbrio, mas pudemos observar que os objetivos já trabalhados voltaram a ser utilizados.
- perguntado:
- Professor, qualquer criança sabe saltar! Então, é necessário montar aulas sobre esse assunto? E eu sempre responderei:
- Sim, é necessário, pois não nascemos sabendo saltar. Esta ação tem que ser aprendida pelo sujeito.
Para vocês acreditarem no que estou dizendo, vamos fazer uma experiência! Quando vocês estiverem em campo (na escola), peça para uma criança, em torno de um ano e meio que já anda e corre, saltar sobre um risco feito no chão. Se ela não compreender o que pede, demonstre a ela e peça para ela repetir a ação que você realizou. Será que esta criança vai conseguir fazer a tarefa? A questão do saltar é complexa, pois exige a coordenação de outras noções que em uma criança muito nova não estão desenvolvidas, como a noção espaço-temporal (espaço e tempo para executar uma ação).
Sendo assim, a ação de saltar é uma ação que, necessariamente, tem que ser aprendida, assim como as outras habilidades. Porém, nessa fase em que se encontram as crianças que pedi para realizarem a experiência, elas certamente não possuem uma tomada de consciência adequada de sua ação.
Mesmo que perguntássemos para uma criança maior, de aproximadamente 3 anos, se quando ela realiza o salto o seu braço  participa desta ação, a resposta em geral é que não, e apontam que  somente as pernas fizeram a ação. Ou seja, a compreensão sobre a sua corporeidade é parcial.
Podemos concluir, nesse sentido, que as aulas de Educação Física devem ser sempre ser planejadas, sobretudo a partir do desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor que as crianças apresentam em cada fase de sua vida. Além disso, os planos de aula devem contemplar os mais diversos conteúdos referentes à motricidade humana, desde a sua etapa de realização mais simples até a forma mais complexa, visando a compreensão de todo o processo pedagógico na construção de uma ação.