domingo, 17 de dezembro de 2017

ARTES

-Observar as formas de expressão das crianças (ficam felizes, interessadas), de suas capacidades (conseguem, mesmo com suas dificuldades) de concentração e envolvimento nas atividades, de satisfação com sua própria produção (demonstram quando querem levar para casa, mostrar , guardar) e com suas pequenas conquistas (querem fazer novamente) é um instrumento de acompanhamento do trabalho que poderá ajudar na avaliação e no replanejamento da ação educativa. -Não há sentido em coletar trabalhos dos alunos para mostra-los aos pais ou como instrumento burocrático. E sim para que construa o seu conhecimento.
- É bom que desde cedo os alunos tenham contato com obras artísticas, conhecendo certos artistas, suas obras, a técnica e os mateiras utilizados, o contexto em que foram produzidas, os sentimentos e lembranças que ela provoca. As artes contribuem no desenvolvimento da criança, através da reflexão, imaginação, inventividade, descontração, coordenação motora, senso crítico e senso estético , expressão facial, gestual e corporal, autodisciplina, auto – imagem, respeito ao próximo, concentração, dentre outros. Mostrar alguns elementos, isto é possibilitar que a criança tenha um repertório imagético. É preciso ter referências, imagens próximas do real, mais conhecimento em relação aos diferentes tipos , tamanhos e cores. Ao trabalhar ater, o aluno é estimulado à reflexão, investigação, experimentações, comparações, a ter curiosidade, levantar hipóteses, ao trabalho em equipe, proporcionando desta forma o seu desenvolvimento cognitivo, afetivo, social, cultural e estético. Propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e esse pensamento artístico amplia a sensibilidade, criatividade, originalidade, flexibilidade. Possibilita também um grande crescimento e um aumento de sua capacidade de visualização e memória visual, além de ajuda-lo a resolver problemas de ordem técnica e estética. O trabalho de arte passa pela mente, pelo coração, pelos olhos, pela garganta, pelas mãos; e pensa e recorda e sente e observa e escuta e fala e experimenta e não recusa nenhum momento essencial do processo poético.
-Lemos as cores, as formas, as texturas, os sons, as imagens e as pessoas. Depois da leitura de obra, o educador pode contextualizá-la da seguinte forma: tal imagem foi produzida por um sujeito, em um determinado contexto, em uma época determinada, segundo sua visão de mundo. As informações relativas às obras, deverão serem breves. A contextualização histórica deverá ser breve, de acordo com a idade dos alunos, com seu tempo de concentração e também com a sua curiosidade. Segundo Pillar (2008) ler uma obra seria perceber, compreender, interpretar esta trama de cores, texturas, volumes, formas, linhas que constituem uma linguagem. Perceber objetivamente os elementos presentes na imagem, sua temática, sua estrutura. Onde cognição e sensibilidade se interpretam na busca de significados, na leitura de mundo. Esta leitura poderá acontecer tanto em sala de aula, como também em aulas extraclasse , com visita a museus , galerias exposições, etc. 
--  Quando o professor faz uma ligação entre um assunto e outro . Ex. família e obra de arte. Propiciando a leitura da obra e nesta leitura ele diz o título da obra de arte, o nome do artista que fez informações de acordo com a curiosidade e idade dos alunos, sem preocupação de memorização de datas, possibilitando uma contextualização e trabalhos de campo conceituais ou eixos (produzir/fazer) – (apreciar/fruir) e refletir juntamente. Este professor partiu do contexto da obra apresentada e trouxe informações da obra para o contexto da sala de aula.
Desde a educação infantil. É aconselhável que a leitura de imagens no contexto escolar seja feita oralmente, para que o professor saiba como os alunos estão observando e interpretando a obra e, assim, possa para prova-los, caso necessário, a perceberem maiores detalhes e fazerem perguntas, deixando a aula mais dinâmica.
-Como proceder diante de uma proposta artística de leitura de obra de arte, perguntas são apenas sugestões, o importante é que o próprio professor elabore suas perguntas de acordo com o seu contexto:
(lembrando que o vocabulário terá de ser condizente com a faixa etária das crianças e paralelamente usar a nomenclatura correta)
*Esta imagem é boa?
*O que vocês sentem ao vê-la : encantamento, (gostam, sentem-se bem ao vê-la?), estranhamento (não gostam, acham-na estranha)ou nenhum sentimento?
*Que lembranças ela lhes provoca?
*Que música lhes vem à cabeça?
*Você já viu um quadro semelhante a este? onde?
*Quais cores existem na obra?
*Existem mais cores fortes ou fracas?
*Qual a cor predominante?
*Que formas você encontram na obra?
*Qual o tema?
*A obra tem cores primárias?
*Tem cores secundárias?
*Que tipo de linhas consta na obra?
AVALIAÇÃO EM ARTES VISUAIS: o que devemos avaliar em artes visuais? O aluno:
*Cria formas artísticas demonstrando algum tipo de capacidade?
*Estabelece relação do seu trabalho artístico e de outras pessoas sem discriminações estéticas, artísticas, étnicas e de gênero?
*Identifica alguns elementos da linguagem visual que se encontra em múltiplas realidades?
*Utiliza o pensamento visual, simbolizando seu sentir/pensar por meio das diversas modalidades expressivas das artes visuais?
*Como experimenta os códigos da linguagem visual?
*Como organiza o espaço?
*Utiliza-se tanto do bidimensional como do tridimensional
*De que forma trabalha as cores
*Elabora novas formas?
*Como utiliza o material?
*Valoriza as fontes de documentação, preservação e acervos da produção artística?

-Alfredo Volpi
Alberto Guignard
Cândido Portinari
Tarsila do Amaral
Gustavo Rosa
Fernando Botero
Paul Klee
Vincent Van Gogh
Artur Bisdo do Rosário
Vic Muniz – contemporâneo
Leda Catunda- contemporâneo
Maria Perez – contemporâneo
Aldemir Martins – contemporâneo
Romero Brito – contemporâneo
Os Gêmeos – contemporâneo

Naif – contemporâneo -As obras do artista Naïf em geral são coloridas, figurativas, apresentando temáticas simples do cotidiano como : festas, casamentos, brincadeiras, animais etc. Situa próxima à da arte infantil, da arte do doente mental e da arte primitiva, sem que no entanto se confunda com elas. É a arte da espontaneidade, da criatividade autêntica, do fazer artístico sem escola nem orientação, portanto é instintiva e onde o artista expande seu universo particular.  O artista Naif é marcadante individualista em suas manifestações mais puras muito embora, mesmo nesses casos, seja quase sempre possível descobrir-lhes a fonte de inspiração na iconografia popular das ilustrações do velhos livros, das folhinhas suburbanas ou das imagens de santos. Não se trata, portanto, de uma criação totalmente subjetiva, sem nenhuma referência cultural. O artista Naif não se preocupa em preservar as proporções naturais nem os dados anatômicos corretos das figuras que representa.