-Observar as
formas de expressão das crianças (ficam felizes, interessadas), de suas
capacidades (conseguem, mesmo com suas dificuldades) de concentração e
envolvimento nas atividades, de satisfação com sua própria produção (demonstram
quando querem levar para casa, mostrar , guardar) e com suas pequenas
conquistas (querem fazer novamente) é um instrumento de acompanhamento do
trabalho que poderá ajudar na avaliação e no replanejamento da ação educativa.
-Não há sentido em coletar trabalhos dos alunos para mostra-los aos pais ou
como instrumento burocrático. E sim para que construa o seu conhecimento.
- É bom que
desde cedo os alunos tenham contato com obras artísticas, conhecendo certos
artistas, suas obras, a técnica e os mateiras utilizados, o contexto em que
foram produzidas, os sentimentos e lembranças que ela provoca. As artes
contribuem no desenvolvimento da criança, através da reflexão, imaginação,
inventividade, descontração, coordenação motora, senso crítico e senso estético
, expressão facial, gestual e corporal, autodisciplina, auto – imagem, respeito
ao próximo, concentração, dentre outros. Mostrar alguns elementos, isto é
possibilitar que a criança tenha um repertório imagético. É preciso ter
referências, imagens próximas do real, mais conhecimento em relação aos
diferentes tipos , tamanhos e cores. Ao trabalhar ater, o aluno é estimulado à
reflexão, investigação, experimentações, comparações, a ter curiosidade,
levantar hipóteses, ao trabalho em equipe, proporcionando desta forma o seu
desenvolvimento cognitivo, afetivo, social, cultural e estético. Propicia o
desenvolvimento do pensamento artístico e esse pensamento artístico amplia a
sensibilidade, criatividade, originalidade, flexibilidade. Possibilita também
um grande crescimento e um aumento de sua capacidade de visualização e memória
visual, além de ajuda-lo a resolver problemas de ordem técnica e estética. O
trabalho de arte passa pela mente, pelo coração, pelos olhos, pela garganta,
pelas mãos; e pensa e recorda e sente e observa e escuta e fala e experimenta e
não recusa nenhum momento essencial do processo poético.
-Lemos as
cores, as formas, as texturas, os sons, as imagens e as pessoas. Depois da
leitura de obra, o educador pode contextualizá-la da seguinte forma: tal imagem
foi produzida por um sujeito, em um determinado contexto, em uma época
determinada, segundo sua visão de mundo. As informações relativas às obras,
deverão serem breves. A contextualização histórica deverá ser breve, de acordo
com a idade dos alunos, com seu tempo de concentração e também com a sua curiosidade.
Segundo Pillar (2008) ler uma obra seria perceber, compreender, interpretar
esta trama de cores, texturas, volumes, formas, linhas que constituem uma
linguagem. Perceber objetivamente os elementos presentes na imagem, sua
temática, sua estrutura. Onde cognição e sensibilidade se interpretam na busca
de significados, na leitura de mundo. Esta leitura poderá acontecer tanto em
sala de aula, como também em aulas extraclasse , com visita a museus , galerias
exposições, etc.
-- Quando o professor faz uma ligação entre um
assunto e outro . Ex. família e obra de arte. Propiciando a leitura da obra e
nesta leitura ele diz o título da obra de arte, o nome do artista que fez
informações de acordo com a curiosidade e idade dos alunos, sem preocupação de
memorização de datas, possibilitando uma contextualização e trabalhos de campo
conceituais ou eixos (produzir/fazer) – (apreciar/fruir) e refletir juntamente.
Este professor partiu do contexto da obra apresentada e trouxe informações da
obra para o contexto da sala de aula.
Desde
a educação infantil. É aconselhável que a leitura de imagens no contexto
escolar seja feita oralmente, para que o professor saiba como os alunos estão
observando e interpretando a obra e, assim, possa para prova-los, caso
necessário, a perceberem maiores detalhes e fazerem perguntas, deixando a aula
mais dinâmica.
-Como
proceder diante de uma proposta artística de leitura de obra de arte, perguntas
são apenas sugestões, o importante é que o próprio professor elabore suas
perguntas de acordo com o seu contexto:
(lembrando
que o vocabulário terá de ser condizente com a faixa etária das crianças e
paralelamente usar a nomenclatura correta)
*Esta
imagem é boa?
*O
que vocês sentem ao vê-la : encantamento, (gostam, sentem-se bem ao vê-la?),
estranhamento (não gostam, acham-na estranha)ou nenhum sentimento?
*Que
lembranças ela lhes provoca?
*Que
música lhes vem à cabeça?
*Você
já viu um quadro semelhante a este? onde?
*Quais
cores existem na obra?
*Existem
mais cores fortes ou fracas?
*Qual
a cor predominante?
*Que
formas você encontram na obra?
*Qual
o tema?
*A
obra tem cores primárias?
*Tem
cores secundárias?
*Que
tipo de linhas consta na obra?
AVALIAÇÃO
EM ARTES VISUAIS: o que devemos avaliar em artes visuais? O aluno:
*Cria
formas artísticas demonstrando algum tipo de capacidade?
*Estabelece
relação do seu trabalho artístico e de outras pessoas sem discriminações
estéticas, artísticas, étnicas e de gênero?
*Identifica
alguns elementos da linguagem visual que se encontra em múltiplas realidades?
*Utiliza
o pensamento visual, simbolizando seu sentir/pensar por meio das diversas
modalidades expressivas das artes visuais?
*Como
experimenta os códigos da linguagem visual?
*Como
organiza o espaço?
*Utiliza-se
tanto do bidimensional como do tridimensional
*De
que forma trabalha as cores
*Elabora
novas formas?
*Como
utiliza o material?
*Valoriza
as fontes de documentação, preservação e acervos da produção artística?
-Alfredo
Volpi
Alberto
Guignard
Cândido
Portinari
Tarsila do
Amaral
Gustavo Rosa
Fernando
Botero
Paul Klee
Vincent Van
Gogh
Artur Bisdo
do Rosário
Vic Muniz –
contemporâneo
Leda
Catunda- contemporâneo
Maria Perez
– contemporâneo
Aldemir
Martins – contemporâneo
Romero Brito
– contemporâneo
Os Gêmeos –
contemporâneo
Naif –
contemporâneo -As obras do artista Naïf em geral são coloridas, figurativas,
apresentando temáticas simples do cotidiano como : festas, casamentos,
brincadeiras, animais etc. Situa próxima à da arte infantil, da arte do doente
mental e da arte primitiva, sem que no entanto se confunda com elas. É a arte
da espontaneidade, da criatividade autêntica, do fazer artístico sem escola nem
orientação, portanto é instintiva e onde o artista expande seu universo
particular. O artista Naif é marcadante
individualista em suas manifestações mais puras muito embora, mesmo nesses
casos, seja quase sempre possível descobrir-lhes a fonte de inspiração na
iconografia popular das ilustrações do velhos livros, das folhinhas suburbanas
ou das imagens de santos. Não se trata, portanto, de uma criação totalmente
subjetiva, sem nenhuma referência cultural. O artista Naif não se preocupa em
preservar as proporções naturais nem os dados anatômicos corretos das figuras
que representa.