Tiago Brunet - Como escrever - montar escopo - qual editora visitar.
Algumas situações de aprendizagem de acordo com Almeida(2009):
Algumas situações de aprendizagem de acordo com Almeida(2009):
*Estrutura
textual: é a atividade que garantirá o desenvolvimento da noção de texto;
*Transcrição
: é a atividade na qual o professor escreve enquanto os alunos ditam;
*Editoração:
ocorre depois da transcrição. É uma atividade onde o aluno ou o conjunto de
alunos decidem quais elementos devem fazer parte do texto;
*Retextualização:
tem o mesmo sentido de reescrita;
*Intervenção:
é a prática efetiva do professor.
++++
++++
Problemas de ordem linguística: ortográfico, morfológico,
lexial, sintático.
Problemas de ordem textual: coesão coerência.
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+++++++
Para
construir o sentido do texto, o leitor ou o escritor devem ligar entre si todos
os tipos de índices percebidos(contexto, tipo de texto, léxico, atributos
gramaticais significativos,, palavras, letras , etc) e elaborar a partir deles
um conjunto coerente, que tenha sentido e que responda à finalidade de seu
projeto e ao que nele está em jogo (Jolibert; Straiki 2008).
++++
Gênero Textual : é uma função social e pode sofrer mudanças(bula,
historias, receitas, cartas, textos...)
Tipologia Textual
é: narração ,descrição ,dissertação,dissertação exposição,dissertação
argumentação ,injunção instrucional,predição ,dialogal convencional . As duas
estão em nosso dia a dia uma acompanhando a outra. ------
O Gênero Textual é o nome que se dá às diferentes formas de
linguagem empregadas nos textos. Tipologia textual são as
classificações mais clássicas de um texto: A narração, a descrição e a
dissertação. Hoje já se admite também a exposição e a injunção. Ao todo são 5
(cinco) tipos textuais.
--A
abordagem de categorias gramaticais (fonéticas/fonológicas, morfológicas,
sintáticas, morfossintáticas) e de convenções da escrita (concordância,
regência, ortografia, pontuação, acentuação etc.) deve vir a serviço da
compreensão oral e escrita e da produção oral e escrita, e não o contrário.
Dessa forma, a criança deve aprender e dominar o sistema linguístico (formal e
informal) para compreender os textos (práticas sociais) em suas diversas
modalidades.
GRAMÁTICA
-Regra gramatical (especificidades do
sistema lingüístico em seus usos – as regras do texto escrito). Entende-se
por regras gramaticais as especificidades do sistema linguístico em seus usos.
Regras não existem apenas para regular o uso culto da língua, ao contrário,
todos os usos da língua são submetidos à aplicação de regras.
Tipos de gramática:
1.
Gramática Normativa É aquela que busca a
padronização da língua, estabelecendo as normas do falar e escrever
corretamente. Costuma ser utilizada em sala de aula e em livros didáticos. 2.
Gramática Descritiva Prioriza a descrição dos fatos da língua, com o objetivo
de investigá-los e não de estabelecer o que é certo ou errado. Enfatiza o uso
oral da língua e suas variações.
2.
3. Gramática Internalizada Essa concepção
percebe a gramática como o conjunto das regras que o falante de fato aprendeu e
das quais lança mão ao falar. Surge da construção progressiva de hipóteses
sobre o que seja a linguagem e de seus princípios e regras.
--Variação Línguística - Os
vários usos da língua falada, conforme cada região, época, classe social.
Modalidades de variação
linguística (Camacho 1988) - Variação histórica – consiste em duas grandes
variantes: a forma substituta e a forma substituída. Antigamente Antigamente,
as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não
faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo
rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses
debaixo do balaio. Carlos Drummond de Andrade.
Variação geográfica
(fonética) – é a maneira particular de cada região de pronunciar sons, utilizar
determinadas construções e aplicar o vocabulário.
Variação geográfica
(Lexical): diferença de vocabulário conforme a região . Exemplos: 1. Curitiba:
penal = estojo para guardar lápis e canetas. 2. Nordeste: cheiro = carinho
feito em alguém; em outras regiões: beijinho. 3. Norte/ Nordeste: macaxeira; o
mesmo que mandioca ou aipim.
Variação geográfica
(Sintática): diferença na estrutura da frase conforme a região. Exemplos: 1.
Maranhão, Espírito Santo e Rio Grande do Sul: Tu já estudaste química? 2. Na
maioria dos outros estados: Você já estudou química?
Variação social – é a
semelhança entre os diversos falantes de um mesmo grupo. Alguns dos fatores
dessa variação são: o grau de educação, a idade, o sexo, o poder econômico,
entre outros.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
No ciclo de alfabetização, ganha
destaque a compreensão e o domínio do sistema alfabético/ortográfico. À medida
que se avança na escolaridade, a reflexão sobre os recursos linguísticos vai se
aprofundando: a) a reflexão acerca da materialidade do texto (seleção lexical,
recursos morfossintáticos, sinais gráficos, diagramação, dentre outros
aspectos); b) a apropriação de estratégias de exploração dos elementos
constitutivos da textualidade (unidade e progressão temática, articulação entre
partes, modos de composição tipológica, intertextualidade e polifonia,
argumentatividade, planos enunciativos, relações entre recursos de coesão e
coerência, dentre outros).
O GRANDE LINGUISTA BRASILEIRO, Mattoso
Câmara Jr a gramática normativa não se anula diante descrita. É um erro profundamente perturbador
misturar as duas disciplinas e pior ainda fazer linguística sincrônica com
preocupações normativas (Estrutura da Língua Portuguesa).
+++++++++
- Ciência
Lingüísticas
- vivemos
numa sociedade grafocentrica
São consideradas variedades dialetais
de natureza social "os jargões profissionais ou de determinadas classes
sociais bem definidas como grupos (linguagem dos artistas, professores,
médicos, mecânicos, estivadores, dos marginais, classe social alta – econômica
e/ou culturalmente , favelados, etc.)"
(TRAVAGLIA, 2005, p. 45).
- formas de
uso da língua =
Fonética
Morfológicas
Sintáticas
Semânticas
Lexicais
- A Variação Regional (dialetos), é a variação que ocorre segundo
determinadas regiões geograficamente situadas.
Nesse sentido, assinale a alternativa
que apresenta um exemplo adequado de variação regional:
Alternativas:
- a)
Variação lexical: pronúncia do (r) no Rio de
Janeiro e Paraná.
- b)
Variação lexical: macaxeira, mandioca, aipim.
Alternativa assinalada e certa
corrigida
- c)
Variação fonética: pipa, papagaio.
- d)
Variação fonética: pobrema, problema, poblema.
- e)
Variação fonética: excessão, essessão.
-Existem 4 tipos de variação
linguística=
Nesse sentido, associe a primeira
coluna de acordo com a segunda:
I. variação geográfica = Formas
diferentes na maneira de se expressar, por meio do vocabulário, do sotaque e
outros fatores que distingue um falar de uma região para outra.
II. variação social = Jargões profissionais
ou de determinadas classes sociais bem definidas como grupos.
III. variação histórica = Palavras,
expressões e construções que são consideradas arcaicas, pois, com o tempo,
deixaram de ser usadas.
IV. variação estilística = O falante,
ao dizer algo, deve adequar a sua fala aos tipos de receptores.
1. Variação geográfica ou diatópica
De acordo com Camacho (1988, p. 31)
“numa comunidade lingüística relativamente extensa, onde todos falam o mesmo
idioma, notam-se variações que se traduzem na forma de pronunciar os sons, nas
construções sintáticas e no uso característico do vocabulário”.
Assim, cada região geográfica possui
uma forma diferente na maneira de se expressar, por meio do vocabulário, do
sotaque e outros fatores que distingue um falar de uma região para outra.
1.2 Variação social ou diastrática
A variação social é um dos tipos de variação mais
marcante entre uma comunidade lingüística, pois é uma das causas do preconceito lingüístico. Sabemos que a
variedade dos falantes de nível social elevado é mais valorizada e, por outro
lado, se estigmatiza a variedade das classes menos favorecidas.
São considerada s variedades
dialetais de natureza social “os jargões profissionais ou de determinadas
classes sociais bem definidas como grupos (linguagem dos artistas, professores,
médicos, mecânicos, estivadores, dos marginais, classe social alta – econômica
e/ou culturalmente , favelados, etc.)” (TRAVAGLIA, 2005, p. 45).
Além do nível sócio-econômico,
existem outros fatores que determinam a formação de setores distintos de
atividade verbal no interior de uma comunidade geograficamente homogênea, como
o grau de educação, idade, sexo. (CAMACHO, 1988).
Ainda em relação à variação
diastrática, verificamos a variedade que ocorre em decorrência da faixa etária
distinta entre os falantes: crianças, jovens, adultos, idosos. De acordo com
Travaglia (2005, 46), “durante a vida a pessoa passa de um grupo para outro,
adotando as formas de um grupo e abandonando as do outro”. Assim,
conseqüentemente, assume a fala que específica o grupo a que passa a fazer
parte.
Exemplo de diferença de faixa
etária:
A gíria, que marca a fala dos
adolescentes. No entanto, ele explica que, apesar de haver diferenças entre a
fala de uma pessoa mais velha com a fala de um jovem, isso não quer dizer que o
intercâmbio lingüístico entre eles seja prejudicado.
1.3 Variação histórica ou diacrônica Não podemos
afirmar que duas variantes diacrônicas (históricas), a substituta e a
substituída, não coexistam num mesmo plano temporal, uma vez que uma deve cair
em desuso para que a outra sobreviva. É importante salientar que as mudanças ocorrem
de forma lenta e conforme Faraco (2005, p. 14), “os falantes
normalmente não têm consciência de que sua língua está mudando”. Assim, uma
variante não deixa de existir de uma hora para outra.
No entanto, sabemos que existem
palavras, expressões e construções que são consideradas arcaicas, pois, com o
tempo, deixaram de ser usadas.
Porém, Camacho (1988) explica que
algumas variantes em desuso ainda são utilizadas por alguns falantes de idade
avançada, pois mantêm formas de expressão adotadas como prestigiosas pela norma
pedagógica ou social de suas épocas.
Temos como exemplo de
variação diacrônica as gírias da jovem guarda: broto, carango, legal, coroa,
cuca, barra limpa, barra suja, lelé da cuca, mancada, pão, papo firme, maninha,
pinta, pra frente e, "É uma brasa, mora?”.
Atenção: Esses exemplos são de
variação diacrônica, mas também de variação social, pois indicam diferenças de
faixa etária, ok.
1.4 Variação estilística
Verificamos que existem diversidades lingüísticas
que são marcadas pela variação social, geográfica, história, no entanto Camacho
(1988, p.33) expõe que:
Não há falante de região e meio social homogêneos que fale sempre da
mesma forma. Numa comunidade lingüística em que todos os membros tenham nascido
e vivido no mesmo local e no mesmo âmbito social, a simples observação de sua
atividade verbal revela diferenças notáveis de estilo, de acordo com a variação
das circunstâncias em que o ato se produz.
Um indivíduo numa roda de
amigos não terá o mesmo comportamento do que em uma reunião de trabalho, assim
ocorre também com sua fala. O grau de reflexão sobre o que irá falar será
diferenciado de acordo com a situação. Assim, a variação estilística é o
resultado da adaptação da forma lingüística específica do ato verbal.
O falante, ao dizer algo, deve
adequar a sua fala aos tipos de receptores. Nesse caso, convém refletir sobre o
papel do professor. Muitas vezes o docente impõe a norma culta como a única
aceitável, não considerando que existe uma variação estilística, que determina como
cada falante deve se comportar diante as diferentes situações de sua vida.
Nenhum indivíduo consegue, a todo
tempo, ter uma fala homogênea, como se a língua fosse uniforme em todos os
momentos. Antunes afirma que “o bom uso da língua é aquele que é adequado às
condições de uso” (2007, p. 104)
Para
estudiosos da área da aquisição de linguagem, ouvir e ler são, respectivamente,
habilidade de compreensão oral e compreensão escrita, enquanto falar e escrever
são reconhecidos como habilidades de produção oral e produção escrita.
A ênfase
dada às quatro habilidades linguísticas é oportuna para se desmitificar a ideia
de que o bom orador é um bom escritor. Ou de que o bom ouvinte é um bom leitor
e vice versa.
É por meio
do contexto que, por exemplo, as ambiguidades, polissemias, e as metáforas são
compreendidas.
A estratégia
de “seleção” alude a leitura mais dinâmica do texto, selecionando e
discriminando elementos (ir) relevantes. Já a “antecipação” envolve as
hipóteses elaboradas a partir de nossos conhecimentos prévios sobre o autor, o
meio de veiculação do texto, o gênero textual, o título e a distribuição e
configuração de informações no texto. A “inferência” envolve a leitura do texto
nas estrelinhas, ou seja, a interpretação de informações que estão implícitas
(por exemplo, ao inferir quem é o personagem principal na história ou então ao
inferir qual era a intenção do autor ao escrever determinado texto etc, ), mas
que forma baseadas em pistas fornecidas pelo próprio texto ou pelos
conhecimentos do leitor sobre o assunto . Na estratégia de “verificação”, as
hipóteses e as inferências podem ou não ser confirmadas após da leitura e
análise total do texto (KOCH, ELIAS, 2013).
A
diversidade de textos permite ao leitor observar essa pluralidade de sentidos e
também de efeitos da leitura, tais como, o riso, a indignação, a adesão e a
recusa (Riolfi et al., 2008) . Portanto para compreender a sátira, a ironia e a
ambiguidade de expressões presentes em paródias, charges, tirinhas e piadas,;
para se entender o tom persuasivo presente em textos publicitários ou do tipo
argumentativos; para se considerar a função imaginativa presente nas ficções,
para isso e muito mais o leitor precisa ter acesso a diferentes textos
produzindo diferentes conhecimentos e até mesmo para aprender a selecionar o
texto de acordo com seus interesses de leitura. A atenção do aluno em uma
leitura pode estar relacionada ao seu nível de interesse/ motivação na leitura
e, conforme Koch e Elias (2013, a leitura pode apresentar vários objetivos , tais
como o de informar(jornais, revistas), elaborar romances), consultar
(dicionários, catálogos), entre outros, Riolfi et al (2008 p. 49) elencam como
motivações para a leitura: a Busca de informações (sob o intuito de se informar
por meio da leitura do texto); 2) o estudo do texto (sob o intuito de aprender
com o texto); 3) o pretexto para uma atividade indireta; e 4 a fruição ( cujo
único objetivo é ler pelo prazer de ler, sem uma demanda externa).
-Hipótese –
Inferência –
-Efeitos do
texto –
-Coerência –
-Conhecimentos
interacionais: baseado nas formas de interação por meio da linguagem , faz
referência aos conhecimentos: ilocucional, comunicacional, metacomunicativos e
superestrutural (ou conhecimento de gêneros textuais). Nesse nível de
conhecimento devem ser observados por exemplo, conhecimento comunicacional da
adequação de variante linguística utilizada em um (con)texto.
-Conhecimentos
linguísticos: envolve o aspecto gramatical (verbos, adjetivos, pronomes etc. )
e o aspecto lexical da língua, incluindo vocabulário e suas regras de
funcionamento (sintaxe). --Na produção de sentidos em um texto, são os recursos
da língua como objetos de analise.
-Contexto
sociocognitivo: para Koch e Elias (2013), o contexto sociocognitivo dos interlocutores
é responsável por reunir todos os tipos de conhecimentos arquivados na memória
dos sujeitos. A partir desse contexto, o leitor é capaz de construir uma cadeia
de suposições, necessária para tecer os sentidos implícitos ( e também
explícitos) no texto.
-Contexto:
diferente do contexto, o contexto envolve o caráter linguístico do texto, ou
seja o que está claramente apresentado no texto, sem exigir do leitor a
ativação de conhecimentos prévios e partilhados.
-Materialidade
linguística: trata-se da materialização da língua em um texto ou discurso.
-Paródias :
uso de ideias de um texto sob o intuito de ridicularizar, criticar ou contestar
o texto fonte, transformando os sentidos produzidos, no texto original.
Nas aulas de
leitura , a opressora Rosa compartilhou uma releitura da obra O Príncipe, de
Nicolau Maquiavel. A professora observou que os alunos apresentaram diferentes
interpretações sobre o mesmo texto, alguns entenderam que era um livro sobre
fatos históricos, outros um livro sobre a perversidade contra o povo
.Refletindo sobre situações como essas
que ocorrem com frequência em sala de aula, justifique como isso é possível, ou
seja, como pode haver duas leituras distintas de uma mesma obra? Houve uma
pluralidade de leitura e de sentidos. Como a produção de sentidos na leitura
pode variar conforme os objetivos de leitura e a influência dos conhecimentos
linguísticos, enciclopédicos e interacional , por essa ração é possível
vislumbrar a pluralidade de leituras e de sentidos durante a leitura.
BEST-SELLERS (como são conhecidos os livros mais vendidos)
tem sido composta, em geral por livros de menor complexidade textual. Segundo
Riolfi et all 2008 p. 76, a busca dos consumidores é por “boas histórias”, por
um livro leve e ou textos que respondam a angústias e promovam sucesso pessoa e
ou profissional. Os autores defendem que já se foi o tempo em que literatura estava
claramente definida e associada às belas artes. Agora, a preferência dos
leitores se debruça sobre obras mais digeríveis , de consumo rápido , o que eu
difere da essência literária que “[...]
há quase dois séculos opõe-se ao natural, ao normas, ao palatável “ Riolfi et
al 2008 p. 77. Porém por razões textuais ou históricas, não atendem as
expectativas de um texto literário. Com esses livros, seria viável realizar a análise
da sua composição demonstrando “[...]como as estratégias discursivas se repetem
nesse tipo de obra” Riolfi et all 2008 p. 79. Nesse sentido, as aulas de
literatura se tornariam também um espaço de criticidade e de análise dos textos
produzidos e consumidos nos dias de hoje.
Em consonância
com Rilfi et all 2008, os chamados livros paradidáticos são em geral,
constituídos de uma linguagem empobrecida, com a intenção de facilitar“ a
leitura do público jovem. Já as adaptações, muitas vezes deixam de se
apresentar como adaptações e acabam se passando por obras originais. As
releituras e adaptações se distanciam muito da riqueza da obra original e, por
consequência, não propiciam as mesmas emoções e encantamento no leitor, uma vez
que foram desenvolvidas com fins pedagógicos e com o aspecto moral de se buscar
sempre uma lição a tirar da leitura realizada. Na opinião de Riolfi et al 2008
p 80-1, esta se torna uma ação pedagógica frustrada, por em nome de uma
pretensa “formação global” do adolescente, os livros mais parecem manuais de
auto ajuda, desinteressantes, mal escritos, que não cumprem outra função senão
de fazer o jovem se desinteressar pela literatura. Assim o resultado é uma
formação às avessas: a aluno sai da escola pensando que literatura são histórias
chata sem que personagens mais chatas ainda dizem o que deve ser feito e
sobretudo, o que não se deve fazer. Dito isso, é possível levantar dois pontos
de antemão: 1) o professor não pode cair na tentação de se restringir aos
textos literários que se encontram na biblioteca de sua escola e 2) é preciso
estar atento para que o ensino de literatura não seja confundido com aspectos
de moralidades engendradas nas famosas questões “que lição possível tirar dessa história?” ou qual a moral
da história? As implicações do ensino de literatura não devem, portanto, ser
associadas à lógica utilitarista dos
livros de auto ajuda, que têm como função ensinar ao leitor como agir na sua
vida para obter maior êxito pessoal ou profissional. Sobre essa questão, os
Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (Brasil 1997 p 30 advertem
que o ensino da literatura não deve ser tratado coo “[...] expediente para
servir de ensino das boas maneiras dos hábitos de higiene, dos deveres do
cidadão, dos tópicos gramaticais das receitas desgastadas do “puro prazer”,
etc). Essa conduta, segundo tal documento, não contribui para a formação do
aluno como leitor capaz de reconhecer “as sutilizas, as particularidades, os
sentidos, a extensão e a profundidade as construções literárias”. Conforme Riofi
et al 2008 , a palavra literária atrai o leitor pelo puro deleite, e esse deve
continuar sendo seu diferencial, especialmente na sociedade morna na qual
estamos inseridos, em que para que algo receba atenção, é necessário apresentar
uma utilidade. Assim, é importante compreender que a literatura não serve
simplesmente para nos oferecer respostas. Ela também o faz mas não mediante uma
caricatura deformada de suspensão de problemas. Se assim fosse, o que faríamos
com toda a literatura que coloca em evidência não a figura do herói mas a do
anti-herói envolto em dúvidas, espasmos
e ações contraditórias? (Riolf et al., 2008 9,098).
A literatura
tem, portanto, uma essência desestabilizadora, que pode despertar no leitor o
gosto, o desgosto ou a dúvida, mas são essas as particularidades que a
caracterizam. Observe por exemplo, o excerto do poema Versos Íntimos de Augusto
dos Anjos:
Se alguém
causa inda pena a tua chaga,
Apedreja
essa mão vil que te afaga
Escarra
nessa boca o que te beija!
A escrita do
poema pode despertar gosto, desgosto ou dúvida, e diante disso o professor deve
acolher as diferentes reações dos alunos debate-las nas aulas de literatura.
Segundo Riolfi et al 2008 o
professor não deve naturalizar esse tipo
de texto, fingindo que ele mesmo não se espanta, é preciso discutir o
estranhamento com os alunos. Para os autores, a questão do gosto passa pela
reflexão e, nesse aspecto, é importante não “tentar pasteurizar os modos pelos
quais um homem goza” (Riolfi et al 2008 p 100. Logo é necessário aceitar os
diferentes gostos literários, considerando que haverá por exemplo, alunos
apaixonados por Machado de Assis e outros que o renegam, alguns deslumbrados
com poesias enquanto outros nem tanto. Mas, sobretudo, é relevante que aos
alunos veja essa a oportunidade de construir esse gosto literário e de se
posicionarem criticamente com relação à literatura. Essas justificativas tornam
evidente a importância de se ensinar literatura. Não podemos deixar de mencionar
que a literatura se constitui como legado cultural, propiciando ao leitor
vivenciar outras culturas e outras épocas, além de conhecer a própria cultura e
até mesmo se identificar com o texto lido. A literatura serve também para
acessa a história e ao mesmo tempo outros textos, uma vez que toda leitura é
atravessada por outras leituras que constroem e situam o seu contexto. Você não
deve se esquecer de que por meio da literatura o aluno entra em contanto com a
composição narrativa. Ao se aproximar de diversas narrativas, o aluno pode
cotejar diferentes complicações e desfechos, muitas vezes inesperados.
Adaptações
em quadrinhos emprestando as palavras de Riolfi et al 2008 p. 82, “as histórias
em quadrinhos há muito flertam com a literatura”. Assim é possível realizar
várias atividades envolvendo excelente adaptações em quadrinhos da literatura
como, por exemplo, adaptação de Caco Galhardo a uma de Will Eisner para o clássico Dom
Quixote.
Segundo
estes autores 2011 p. 109, tanto a leitura quanto a escrita de poesias e poemas
devem ganhar o espaço escolar, mas conscientes de que o ensino destes não tem
por objetivo formar escritores e poetas, e sim “[...] aproximar e sensibilizar
os alunos, quer do Ensino Fundamental, quer do Ensino Médio, em relação à
leitura da palavra poética e, se possível à escrita”.
Entretanto,
compreender as relações que determinam a escrita ainda não são suficientes para
formar bons leitores. , outras intervenções por parte do professor são
necessárias. E por intervenções você pode entender as intervenções textuais
(tais como o uso de pontuações, conectivos , advérbios pronomes, etc), seja no
plano da argumentação e da coerência.
Segundo
Riolfi et al 2008 p.148-51 destacar os
efeitos de sentido que os conectores discursivos podem estabelecer é uma
excelente estratégia para demonstrar o uso desses elementos linguísticos.
Portanto
(conclusão) – Ela não estudou nada portanto foi reprovada.
Embora (contrajunção ) - eu me surpreendi com
aquela atitude embora eu tenha convivido com ele por séculos.
Ou
(disjunção) – você quer café ou prefere chá.
Além disso
(conjunção) – ele é bonito, charmoso e carinhoso além disso é rico.
Assim que
(temporalidade) – eu ligo na sua casa assim que eu chegar do trabalho.
A dicotomia(divisão
de um elemento em duas partes, em geral contrárias, como a noite e o dia, o
bem e o mal, o preto e o branco, o céu e o inferno etc) entre oralidade e escrita
percebendo como estas não se opõem mas convivem harmoniosamente em diferentes
práticas sociais. A escrita serve a função da interação com sujeitos ausentes,
exige para isso recursos bem distintos da função da interação com sujeitos
ausentes, exige para isso recursos bem distintos da oralidade, tais como o
domínio de pontuação, de ortografia, de elementos coesivos, de regras
gramaticais entre outros. Nesse contexto, o professor poderá cotejar as
modalidades de língua demonstrando aos alunos suas singularidades e a forma
apropriada de uso de cada uma.
Conectivos:
os elementos de coesão são palavras ou
expressões cuja função é estabelecer elos entre orações (parágrafos ou
períodos)
, para criar
relações entre segmentos do discurso. São exemplos de elementos de coesão
as preposições ( a, de , com par, por,
etc.), as conjunções ( que, para que, quando, embora, mas entretanto e, ou,
etc), os pronomes (este, ela, seu , sua, este, esse , aquele, que, o qual, etc)
e os advérbios ( aqui, aí, lá, assim, etc).
Coerência
textual: a coerência de um texto etá relacionada à produção de sentido, logo um
texto incoerente é aquele que não possui sentido. Para Koch e Elias 2013, a
coerência está no processo de interação do leitor com o autor e o texto,
baseados nos conhecimentos sociocognitivos internacionalmente constituídos. Em
outras palavras, a identificação da coerência textual exige a ativação dos
conhecimentos linguísticos, enciclopédicos, textuais e interacionais do leitor.
Incoerência
textual - contradições
Coesão
textual – para Koch e Elias 2013 , a coesão é responsável pela sequência
organizada de enunciados, em que cada parte se conecta harmoniosamente à outra,
garantindo uma leitura fluída.
Linguagem
coloquial se refere à linguagem informal ou popular utilizada no cotidiano, sem
um comprometimento com o rigor gramatical da norma padrão.
Variedade
linguística, o coloquial cabe perfeitamente nos contextos familiares e
informais, enquanto a linguagem formal é a mais adequada pra uma entrevista de
emprego para uma palestra e especialmente para a escrita.
Polissemia –
é quando um mesmo termo dentro de uma língua recebe diferentes significados,
manifestando diferentes sentidos.
Metáfora –ocorrem
quando uma palavra ou expressão é utilizada em um sentido figurado por meio de
comparações com outros termos. Trata-se de uma figura de linguagem (ou figura
de estilo) utilizada especialmente em textos literários, empregando-se uma
palavra sob um sentido que não é comum, mas a partir do contexto é possível
estabelecer uma relação de semelhança entre os termos.
Identidade social
– refere-se ao sentimento de pertencimento a um grupo social, diferenciando-se
de outros grupos . Entender o sujeito na pós- modernidade requer admitir que é
possível que um mesmo indivíduo possua várias identidades sociais, como por
exemplo uma identidade de gênero, outra de raça e ou etnia, de cunho religioso,
de origem profissional, etc.
Narrativas –
basicamente, estão relacionada a episódio de contar histórias . Conforme Riolfi
e colaboradores 2008 p. 102 – 3 , apesar de apresentar uma gama de variações “a
estrutura de uma narrativa, seja conto seja romance, pode ser resumida em
poucas palavras: alguém narra determinado tempo da história de uma pessoa que
vive em algum lugar”.
Recursos
estilísticos – refere-se à linguagem artística e crítica de um autor ao
expressar a realidade.
Para um
conhecimento integral da língua, Geraldi 1991 apud Riolfi et al 2008, recomenda
que a gramática seja explorada através de diferentes atividades a saber:
1 –
atividades linguísticas – da língua , fala – conforme Riolfi e colaboradores
2008 p. 181, as atividades linguísticas dizem respeito às práticas em que o
falante usa a língua ou seja envolve ações como conversar, discutir, ler um
texto , etc.
2 –
atividades epilinguísticas: da forma de
expressão na escrita - é representada por Riolfi e colaboradores 2008 como a
atividade na qual o falante reflete sobre a língua de forma intuitiva, como a
atividade na qual o falante reflete sobre a língua d forma intuitiva, como
quando o sujeito deseja escrever uma poesia ou uma carta de amor e para tanto
busca os melhores termos para impressionar o seu leitor.
3 –
atividades metalinguísticas: para Riolfi e colaboradores 2008 p. 182, trata-se
da atividade na qual o sujeito nomeia tecnamente os diversos segmentos de uma
da língua. Segundo os autores, trata-se do formato mais comum para ensinar
gramática usado na escola. Ou seja a língua padrão – língua portuguesa.
Riolfi e
colaboradores 2008 se inspiram na obra dos professor Sírio Possenti para
descrever a existência de três conceitos de gramática a sabe:
1- gramática normativa ou prescritiva –
orienta que a norma padrão deve ser seguida por todos os falantes e tudo que
foge a essa variedade é visto como erro.
2- 2 – a gramática descritiva – Aceita a
língua em sua diversidade, ou seja, nas várias possíveis formas de
funcionamento, compreendendo seu caráter mutável e heterogêneo.
3- 3 – a gramática como competência
linguística ou gramática internalizada – Refere-se ao conjunto de regras que o
sujeito inconscientemente mobiliza ao falar, sem necessariamente saber
descrevê-las.
4- Linguísticas aplicados: são os profissionais oriundos da linguística
aplicada , uma área do saber cujo conceito é amplo e aberto ad diferentes
definições , mas de forma bastante simplificada pode ser vista como um campo do
conhecimento interessado em estudar a língua em funcionamento, integrando
estudos sobre letramentos, tradução, educação, bilingüe, multiculturalismo, aquisição
de línguas etc. Além disso a linguística aplicada é conhecida por ser uma área
do saber transdisciplinar e multidisciplinar ou seja que recorre sem medo a
outros campos de estudos entre eles a antropologia a sociologia a linguística,
a educação , etc.
Homonímia –
Intertextualidade
(o conhecimento sobre o assunto) – a intertextualidade se constitui na
possibilidade de construir um texto a partir do diálogo com outros textos.
Segundo Koch e Elias 2013, a intertextualidade pode ocorrer de forma explícita
ou implícita. Em sua forma explícita, o texto revela claramente a referência à
sua fonte, geralmente por meio de citações entre aspas que marcam o que e por
quem foi dito/escrito o texto utilizado. Por outro lado na forma implícita
(através de paráfrases e paródias) o reconhecimento da intertextualidade
demanda a ativação de conhecimentos armazenados na memória do leitor.
Intergenericidade
–segundo Koch e Elias 2013 p. 114, a intergenericidade também é conhecida como
hibridização ou interxtualidade intergêneros, trata-se de um fenômenos segundo
o qual um gênero pode assumir a forma de um outro gênero tendo em vista o propósito
de comunicação.
Paródia-
Segundo Fiorn e Savioli 2006, a paródia refere-se a intertextualidade observada
quando o texto é citado com a finalidade de inverter seu sentido original .
Paráfrase –
segundo Fiorin e Savioli 2006, a paráfrase refere-se à intertextualidade
observada quando o empréstimo do texto fonte visa fortalecer suas ideias.
ambiguidades
(refere-se àquilo que possui um ou mais
sentidos, podendo inclusive ser contraditório).
No campo
teórico o discurso narrativo deve apresentar grande destaque pois oferece uma
fonte inesgotável de manifestações em nível linguístico, cognitivo e social.
Analisar as narrativas por uma perspectiva social.
O material
didático passa por um processo de análise e avaliação, considerando-se,
principalmente, a adequação didática e pedagógica, a qualidade editorial e
gráfica e a pertinência do manual do professora para uma correta utilização do
LD e atualização do docente. Como critérios eliminatórios, observam-se o caráter
ideológico e discriminatório desatualização, incorreções e incoerências
conceituais e metodológicas. Com base nesses critérios, o PNLD indica as obras
recomendadas, disponibilizadas ao professor por meio do Guia do Livro
Didáticos, que apresenta as resenhas e as avaliações relacionadas a esses livros.
Tagliani 2009 p. 305-306. Analisados os princípios éticos necessários à
cidadania e ao convívio social republicam-no excluindo-se as coleções que:
veiculares estereótipos e preconceitos de condição social, regional , étnico
racial, de gênero, de orientação sexual, de idade ou de linguagem, assim como
qualquer outra forma de discriminação ou de violação de direitos
Fizerem
doutrinação religiosa ou política, desrespeitando o caráter laico e autônomo do
ensino público;
Utilizarem o
material escolar como veículo de publicidade ou de difusão de marcas, produtos
ou serviços comerciais (BRASIL 2013 p. 9).
O GLD (guia
livro didático)considera que o aluno do segundo segmento do Ensino Fundamental
já detém o conhecimento do código escrito e, portanto, necessita de
intervenções que :
1-Aperfeiçoem
sua formação como leitor e produtor de textos;
2-desenvolva
competências e habilidades de leitura e escrita exigidos para novas e diferentes
práticas de letramento;
3- amplie
sua reflexão sobre as propriedades e o funcionamento da língua portuguesa
4-desenvolva
habilidades para o uso público e escolar da língua oral (BRASIL 2013).
--Riolfi e
tal (2008, p.148-51) os efeitos de sentido que os conectores discursivos podem
estabelecer é uma excelente estratégia para demonstrar o uso desses elementos
linguísticos.
1-Eça não
estudou nada por tanto foi reprovada.
2-Eu me
surpreendi com aquela atitude.
3- Você quer
café ou prefere chá.
4-Ele é
bonito, charmoso e carinhoso além disso é rico.
5-Eu ligo na
sua casa assim que eu chegar do trabalho.
--A
dicotomia entre oralidade e escrita, percebendo como estas não se opõem , mas
convivem harmoniosamente em diferentes práticas sociais. A escrita serve à
função da interação com sujeitos ausentes, exige para isso recursos bem
distintos da oralidade, tais como o domínio de pontuação, de ortografia, de
elementos coesivos, de regras gramaticais, entre outros. Nesse contexto, o professor poderá cotejar as
modalidades de língua, demonstrando aos alunos sua singularidade e a forma
apropriada de usos de cada uma.
-- Cabe ao
professor o papel essencial de instrumentalizar e repertoriar o aluno par tecer
palavras, ou seja , para ser autor de textos. Para isso não basta o ensino da
gramática ou uma linguística enclausurada nas regras, é preciso que o aluno
saiba fazer social dessa escrita,
reconhecer sentidos além do utilitarismo capitalista, ser autor, mas também ser
leitor. Cabe perceber na escrita o movimento de revisão, de retorno e
finalmente, de conclusão.
-Conectivos:
os conectivos ou elementos de coesão são palavras ou expressões cuja função é estabelecer eles entre orações (parágrafos
ou períodos), para criar elações entre segmentos do discurso. São exemplos de
elementos de coesão as preposições (a,
de, com, para, por , etc.), as conjunções ( que, para que, quando, embora, mas
e, entretanto, e, ou, etc), os pronomes (ele, ela , seu sua, este, esse ,
aquele, que o qual, etc), e os advérbios (aqui, aí, lá assim, etc).
-Refacção:
diz respeito ao ato de refazer, no caso, o texto.
-Coerência
textual: a coerência de um texto está relacionado à produção de sentido, logo,
um texto incoerente é que não possui sentido. Para Koch e Elias (2013), a
coerência esta no processo de interação do leitor com o autor e o texto,
baseados nos conhecimentos sociocognitivos internacionalmente constituídos . Em
outras palavras, a identificação da coerência textual exige a ativação dos
conhecimentos linguísticos, enciclopédicos, textuais e interacionais do leitor.
- Coesão
textual: para Koch e Elias (2013), a coesão é responsável pela sequência
organizada de enunciados, em que cada parte se conecta harmoniosamente à outra,
garantindo uma leitura fluída.
-Linguagem
coloquial: se refere à linguagem informal ou popular utilizada cotidiano, em um comprometimento com o rigor gramatical
a norma padrão.
Variedade
linguística, o coloquial cabe perfeitamente quando a linguagem formal é a mais
adequada para uma entrevista de emprego, para uma palestra e especialmente para
a escrita.
A música Bom
Conselho, de Chico Buarque, é um ótimo exemplo de intertextualidade, pois, e
sua canção o compositor conversa com alguns provérbios populares que circulam
frequentemente em nosso cotidiano. Uma ótima sugestão de intervenção, esse
caso, seria solicitar aos alunos que identifiquem tais provérbios e discutam a
forma como o compositor inverteu o sentido deles, por exemplo, quando substitui
“pense duas vezes antes de agir” por “Aja duas vezes antes de pensar”. É
importante que os alunos reflitam sobre as razões que levaram o autora a lançar mão da intertextualidade e de
alterar os sentidos do texto original. Nesse caso é possível trabalhar com os
alunos os conceitos de paródia e paráfrase presentes na discussão sobre
intertextualidade.
- E, como uma
forma divertida de pensar a intergenericidade , o texto ilustra um texto
autêntico no qual se pode observar a presença de dois gêneros e saber “convite
de casamento” e “notícia de Jornal”. Essa é uma atividade interessante em que é
possível debater qual o verdadeiro gênero
textual. O professor deve auxiliar os alunos a compreender que, embora a
forma do texto seja de uma notícia, sua função é de um convite portanto, o
gênero textual trata-se de um convite. Em concordância com Koch e Elias (2013
p. 113), os gêneros textuais não são
definidos por uma forma, mas sim por função, tais como: informar (notícias),
rir (piada), instruir (bula de remédio), etc. Frequentemente esses gêneros se
mesclam, produzindo o que as autoras intitulam de intergenericidade.
-- A
intertextualidade consiste em um dos vários recursos da língua para se produzir
diferentes sentidos de efeitos através da escrita.
--No campo
teórico, Silva (2003 p. 117) afirma que
o discurso narrativo apresenta grande destaque, pois oferece uma fonte inesgotável
de manifestações em nível linguístico cognitivo e social”. A autora admite que
há uma grande quantidade de professores que se restringem ao uso das narrativas
para ensinar as convenções da escrita, porém há também profissionais dedicados
em formar nos alunos a competência de se tornarem contadores de histórias e
mesmo narradores de suas próprias histórias de vida.
--O
linguista aplicado Luiz Paulo da Moita Lopes (2002) é um exemplo de profissional interessado em
analisar as narrativas por meio de uma perspectiva social. Para o autor as
narrativas assume um papel crucial na vida do sujeito, pois contar histórias
sobre si, sobre o outro e sobre o mundo favorece a construção de sentidos
envolvendo seu próprio lugar na sociedade assim como o lugar do outro . No
rastro dessa discussão , para demonstrar como as narrativas podem influenciar
no desenvolvimento da identidade social de raça na sala de aula, Moita Lopes
(2002) apresenta e analisa a cena sobre a discriminação racial.
-----------------skaner
das pg s 105,106,107
--Na vídeo
aula com o autor Pedro Bandeira 5/66 – Tema : Narrador – Protagonista
A exposição
do tema no vídeo é feita pelo autor de literatura infantil Pedro Bandeira,
especialista em letramento e técnicas especiais de leitura. Nesse vídeo o autor
explora , através de uma linguagem descontraída, o gênero narrativo com foco no
narrador protagonista. Bandeira explica como são alçados elementos narrativos
na construção de um gênero narrativo no qual o protagonista é o narrador
contando uma história sobre si. O vídeo é produtivo tanto para a formação o
docente como para ser transmitido para os alunos e uma aula sobre a temática.
--Identidade
social: refere-se ao sentimento de pertencimento a um grupo social,
diferenciando-se de outros grupos. Entender o sujeito na pós-modernidade requer
admitir que é possível que um mesmo indivíduo possua várias identidades sociais
como, por exemplo, uma identidade de gênero, outra de raça e / ou etnia, de
cunho religioso, de origem profissional, etc.
-Metáforas:
ocorrem quando uma palavra ou expressão é utilizada em um sentido figurado por
meio de comparações com outros termos. Trata-se de uma figura de linguagem (ou
figura de estilo) utilizada especialmente em textos literários empregando-se
uma palavra sobre um sentido que não é comum, mas a partir do contexto é possível
estabelecer uma relação de semelhança entre os termos.
-Narrativas:
basicamente, estão relacionadas ao episódio de contar histórias . Conforme
Riofi e colaboradores (2008, p. 102-3), apesar de apresentar uma gama de
variações “ estrutura de uma narrativa, seja conto, seja romance , pode ser
resumida em poucas palavras : alguém narra determinado tempo da história de uma
pessoa que vive em algum lugar”.
- Recursos
estilísticos: refere-se à linguagem artística e criativa de um autor ao
expressar a realidade.
-Para um
conhecimento integral da língua, Geraldi (1991 apud Riolfi et al, 2008)
recomenda que a gramática seja explorada através de diferentes atividades, a
saber:
1-atividades
linguísticas;
2-atividades
epilinguísticas
3-
atividades metalinguísticas.
--Riolfi e
colaboradores (2008) se inspiram na obra do professor Síro Possenti para
descrever a existência de três conceitos de gramática, a saber:
1-a
gramática normativa ou prescritiva = Orienta que a norma padrão deve ser
seguida por todos os falantes e tudo que foge a essa variedade é visto como
erro.
2-a
gramática descritiva = Aceita a língua em sua diversidade, ou seja, nas várias possíveis
formas de funcionamento compreendendo seu caráter mutável e heterogêneo.
3- a
gramática como competência linguística ou gramática internalizada = Refere-se
ao conjunto de regras que o sujeito, inconscientemente, mobiliza ao falar sem
necessariamente saber descrevê-las.
--De acordo
com Riolfi e colaboradores (2008),diferentes tipos de atividade envolvendo a língua
dever ser explorados com os alunos, tais como as atividades linguísticas,
epilinguísticas e metalinguísticas. Com base nessa afirmação, analise o exemplo
a seguir e identifique o tipo de atividade aplicada em sala de aula a que se
refere : A professora Ana entregou aos alunos um conto de Fernando Sabino
intitulado O homem nu, mas o texto apresentava várias lacunas. Foram palavras
que a professora extraiu e entregou em um envelope a parte. Os alunos, em dupla
deveriam discutir as palavras que melhor preenchiam as lacunas, colando as
tiras com as palavras no espaço apropriado. Em seguida, eles deveriam reescrever
a história, preenchendo as lacunas com outros termos que não alterassem o
efeito de sentido do texto. A versão final seria apresentada para a s turma, através
de uma leitura em voz alta e posteriormente exposta no varal literário da
escola.
-Atividades
epilinguísticas: é representada por Riolfi e colaboradores (2008) como a
atividade na qual o falante “reflete” sobre a língua, de forma intuitiva, como
quando o sujeito e deseja escrever uma poesia ou uma carta de maior e para tanto
busca os melhores termos para impressionar o seu leitor.
-Atividades
linguísticas: conforme Riolfi e colaboradores (2008, p. 181), as t atividades linguísticas
dizem respeito às práticas em que o falante “usa” a língua ou seja, envolve
ações como conversar, discutir, ler um texto, etc.
-Atividades
metalinguísticas: para Riolfi e
colaboradores (2008, p. 182), trata-se da atividade na qual o sujeito “nomeia
tecnicamente os diversos segmentos de uma dada língua. Segundo os autores,
trata-se do formanto mais comum para ensinar gramática usado na escola.
-Linguístas
aplicados : os linguístas aplicados são os profissionais oriundos da
Linguística Aplicada, uma área do saber cujo conceito é amplo e aberto a
diferentes definições, mas de forma bastante simplificada pode ser vista como
um campo do conhecimento interessa em estudar a língua em funcionamento
integrando estudos sobre letramentos, tradução, educação bilíngue,
multiculturalismo, aquisição de línguas , etc. Além disso, a linguística aplicada
é conhecida por ser uma área do saber
transdisciplinar e multidisciplinar, ou seja que recorre sem medo a outros
campos de estudos entre eles a antropologia , a sociologia, a linguística a
educação , etc.
-Ensinar a
gramática e norma padrão permanece no escopo das responsabilidades da escola,
contudo, como você viu neste tema, é imprescindível repensar os conceitos de
língua e de gramática que sustentam as prática pedagógicas do ensino de língua
portuguesa. Espera-se que esta leitura tenha expressado a relevância do ensino
da gramática na contemporaneidade, ilustrando o papel do professor na proposta
de intervenções didáticas que contemplem
atividade linguística, epilinguísticas e metalinguísticas.
--O GLD
(guia do livro didático) considera que o aluno do segundo segmento do Ensino
Fundamental já detém o conhecimento do código escrito e, portanto, necessita de
intervenções que :
1-aperfeiçoem
sua formação como leitor e produtor de textos,
2-desenvolva
competências e habilidade s de leitura e escrita exigidos para novas e
diferentes práticas de letramento;
3-amplie sua
reflexão sobre as propriedades e o funcionamento da língua portuguesa e
5- desenvolva habilidades para o uso
público e escolar da língua oral. (BRAISLI, 2013).
EXEMPLOS DE VERBOS DE CONHECIMENTO:
adquirir – associar – calcular –
citar – classificar – definir – descrever – distinguir – enumerar – especificar
– enunciar – estabelecer – exemplificar – expressar – identificar – indicar –
lembrar – medir – mostrar – nomear – ordenar – reconhecer – recordar – registrar
– relacionar – relatar – reproduzir – selecionar.
EXEMPLOS
DE VERBOS DE COMPREENSÃO:
concluir –
converter – descrever – distinguir – deduzir – defender – demonstrar – derivar
– determinar – diferenciar – discutir – exemplificar – expressar – esboçar –
explicar – exprimir – extrapolar – fazer – generalizar – identificar – ilustrar
– induzir – inferir – interpretar – localizar – modificar – narrar – predizer –
preparar – prever – relatar – reelaborar – reescrever – reordenar – reorganizar
– representar – revisar – sumarizar – traduzir – transcrever – transformar –
transmitir.
EXEMPLOS DE VERBOS
DE APLICAÇÃO:
aplicar – classificar – desenvolver –
dramatizar – esboçar – empregar – escolher – estruturar – generalizar –
ilustrar – interpretar – modificar – operar – organizar – praticar – relacionar
– traçar – transferir – usar.
EXEMPLOS DE VERBOS DE ANÁLISE:
analisar – classificar – categorizar
– combinar – comparar – comprovar – contrastar – correlacionar – criticar –
deduzir – diferenciar – discutir – debater – detectar – descobrir – diagramar –
discriminar – examinar – experimentar – identificar – investigar – provar –
selecionar – separar – subdividir.
EXEMPLOS DE VERBOS DE SÍNTESE:
combinar – comunicar – compor –
coordenar – criar – comprovar – deduzir – desenvolver – dirigir – documentar –
especificar – explicar – escrever – esquematizar – formular – modificar – organizar
– planejar – produzir – propor – relacionar – relatar – reescrever –
reconstruir – sintetizar – transmitir.
EXEMPLOS DE VERBOS DE AVALIAÇÃO:
argumentar – avaliar – concluir –
contrastar – criticar – considerar – decidir – escolher – estimar – interpretar
– julgar – justificar – padronizar – precisar – relacionar – selecionar –
validar – valorizar.
EXEMPLOS DE VERBOS AFETIVOS:
aceitar - adaptar-se – admirar -
alegrar-se - apreciar - comprometer-se - conscientizar-se - dedicar-se -
desejar - distinguir - entusiasmar-se - envolver-se - esforçar-se - gostar -
interessar-se - melhorar - motivar-se - obedecer - querer - reconhecer -
valorizar.
EXEMPLOS DE VERBOS PSICOMOTOR:
agarrar – andar – armar – arremessar
– atirar – cantar – circundar – colar – colorir – confeccionar – construir –
correr – costurar – dançar – desenhar – dirigir – dramatizar – encenar –
escrever – escutar – gesticular – grifar – juntar – lançar – marchar – montar –
nadar – ouvir – pegar – pintar – preparar – pular – recortar –
saltar – separar – tocar – traçar – usar.